Já investigado por assédio moral e sexual, o vereador do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro, agora está sendo alvo de denúncias de estupro por três mulheres. As novas acusações foram reveladas pelo Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (3).
Uma das vítimas conheceu o parlamentar através de aplicativo de relacionamento. O casal mantinha relações consensuais, mas um dia Gabriel ignorou um pedido dela.
A mulher, cuja identidade foi preservada pela reportagem, afirma ter "consciência de que, infelizmente, fui estuprada" e lembra a vez em que o vereador se recusou a colocar o preservativo.
“Antes do ato em si, ele disse que não iria colocar o preservativo. E eu questionei, falei: ‘você tem que colocar, sim, o preservativo'. Nessa hora, ele simplesmente ignorou tudo que eu tinha falado e começou a relação sexual”, relata.
Outra vítima conta que conheceu Gabriel Monteiro quando ele ainda era policial militar, isto é, antes de ser eleito vereador. O então PM a chamou para uma festa fictícia em sua casa, onde ela testemunhou uma mulher sendo agredida.
“Ele foi e falou: vamos para o quarto. Eu falei: eu não quero. Vamos, vai ser legal, por favor, por favor. Aí ela veio também, me chamou e eu fui. Com medo, porque ele tinha acabado de tentar matar ela na minha frente. Eu fui”, explica.
'Arma na cabeça'
Na mesma época, uma terceira mulher disse ter sofrido abuso durante um ato sexual dentro do carro do parlamentar. Até então, a relação tinha o consentimento dela, mas Gabriel começou a dar "tapas, socos" e a filmá-la com o telefone.
"O tempo inteiro eu empurrava o celular, mas ele, mesmo assim, me filmava, tentava filmar minhas partes e meu rosto. Eu comecei a gritar muito e ele pegou a arma e colocou a arma no freio de mão. Próximo ao freio de mão. E eu comecei a me debater, me debatia. Só que ele conseguiu fazer a penetração, tudo, sem camisinha. E, um certo momento, ele colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta", detalha.
Vazamento
Gabriel Monteiro está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio por um suposto vazamento de vídeo íntimo em que ele aparece mantendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos.
A adolescente afirmou à polícia que a relação foi consensual. A mãe dela reiterou essa informação e acrescentou que o relacionamento dos dois começou há 10 meses. Porém, a menor de idade disse ter contado ao vereador que tinha 18 anos.
O vereador disse que as imagens estavam arquivadas em seu celular, ao qual somente os ex-assessores Matheus Souza e Heitor Monteiro tinham acesso. Ambos acusam o político de assédio moral e sexual.