Jorge Jose da Rocha Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, apontado pela Polícia Civil como assassino do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, se define em texto de apresentação no Twitter como policial penal federal, conservador e cristão. Na mesma rede social, ele também diz que armas são sinônimo de defesa.
Conforme a Polícia Civil, Guaranho também era um dos diretores da associação onde o crime aconteceu. A informação foi passada pela delegada Iane Cardoso, em coletiva de imprensa realizada no domingo (10).
A presidência da associação informou que o atirador ocupava o cargo de secretário na diretoria da entidade.
Morte em festa de aniversário
Marcelo Arruda morreu na madrugada deste domingo (10) após ser baleado por Guaranho na própria festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O guarda municipal chegou a ser encaminhado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa a esposa e quatro filhos.
Ao ser atingido por Guaranho, Arruda, que estava armado, revidou e atingiu o policial. Até a última atualização desta reportagem, não havia uma informação precisa sobre o estado de saúde de Guaranho.
Conforme último boletim de ocorrência do caso, divulgado pelo G1,Guaranho chegou ao local de carro, acompanhado por uma mulher e um bebê. Em postagens recentes no Facebook, o policial penal mostra um recém-nascido, que os amigos na rede social identificam como sendo filho dele.
Ainda segundo Boletim de Ocorrência, o policial penal desceu do carro, armado, gritando: "Aqui é Bolsonaro!". Nas redes sociais, as publicações dele tratam principalmente de apoio ao presidente ou a aliados de Jair Bolsonaro.
Em uma publicação junho de 2021, Guaranho aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do presidente.