Quatro homens foram detidos por furtar parte do dinheiro abandonado pelos criminosos que invadiram e assaltaram uma agência bancária de Criciúma, no sul de Santa Catarina, na madrugada desta terça-feira (1°). O grupo deixou diversas cédulas de dinheiro jogadas pelas ruas da cidade. As informações são do portal G1.
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Conforme a Polícia Civil, eles foram encontrados, em um apartamento, duas malas de dinheiro, que totalizavam R$ 810 mil. Dois deles têm 24 anos, um 27 e o outro tem 28 anos. Eles serão encaminhados para o Presídio Regional.
A polícia também encontrou cerca de R$ 300 mil espalhado pelas ruas. Durante a ação, os criminosos bloquearam ruas, atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar, incendiaram um túnel que dá acesso ao município, usaram reféns como escudo e atiraram várias vezes em via pública.
O delegado Ulisses Gabriel, responsável pelo caso, afirmou ao portal que a quadrilha abandonou pelas ruas o dinheiro que não conseguiu levar. Quando a composição da polícia chegou ao local, um indivíduo que estava carregando o dinheiro foi abordado.
Assalto
A Polícia Civil suspeita que cerca de 30 pessoas encapuzadas, divididas em vários veículos, tenham participado das ações simultâneas. Até a publicação dessa matéria, ninguém envolvido no assalto havia sido preso.
Os suspeitos usaram reféns para bloquear ruas e impedir a reação da polícia. Imagens nas redes sociais mostram o momento em que cerca de seis reféns estão sentados em uma faixa de pedestre.
A ação durou pouco mais de uma hora. Os primeiros relatos de tiroteio foi são de meia noite, principalmente na região central cidade. O grupo levou todo o dinheiro do cofre da agência, ainda conforme a polícia. Duas pessoas ficaram feridas, um policial militar e um vigilante.
Antes de fugir, os criminosos deixaram cerca de 30 quilos de explosivos. O esquadrão antibombas foi até o local para desativar os equipamentos. Os dez veículos utilizados pelo grupo foram localizados em Nova Veneza, município que fica cerca de 200 quilômetros de Criciúma.
A quadrilha incendiou um caminhão em um túnel do município de Tubarão, para impedir que o reforço policial de cidades vizinhas chegassem à Criciúma. O grupo também colocou miguelitos pela BR-101, para furar os pneus dos carros e atrasar a chegada da polícia.