Uma das professoras da Creche Cantinho do Bom Pastor em Blumenau (SC) - alvo de um atentado que deixou quatro crianças mortas nesta quarta-feira (5) - relatou à NSC TV o desespero para tentar salvar os alunos. Simone Aparecida Camargo disse que chegou a esconder bebês no banheiro para escaparem do agressor.
"Minha parceira de sala chegou correndo dizendo 'fecha a porta, fecha a janela porque um cara assaltou o posto'. Pensamos que era um assalto porque ele invadiu a escola, só que fechei os bebês no banheiro, depois vieram na porta dizendo que ele 'veio matando', ele foi no parque para matar. No parquinho, a turma do pré estava toda no parque fazendo uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma", relatou.
Assista à coletiva da Prefeitura de Blumenau sobre o ataque:
O ataque aconteceu no início da manhã na unidade de ensino, que é particular. Na ação, quatro crianças foram mortas, entre elas três meninos e uma menina com idades de 4 a 7 anos.
Segundo a polícia, um homem de 25 anos pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças com uma machadinha. As vítimas foram atingidas na região da cabeça, segundo informação do g1.
Crianças feridas
O Hospital Santo Antônio, localizado em Blumenau, divulgou nota pontuando que recebeu quatro crianças feridas, dois meninos e duas meninas.
Até então, os quatro seguem em observação. Apesar disso, os bombeiros informam oficialmente que há apenas três feridos.
Lula se pronuncia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou sobre o caso após a divulgação das informações iniciais do caos. Em tuíte, o chefe do executivo lamentou a morte e apontou o ato como "absurdo de ódio e covardia".
"Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor", disse Lula.