Pinscher morre para salvar 4 crianças de ataque de rottweiller no ES

Bili estava na família de Aderaldo há um ano, e era o xodó da filha dele, de apenas 4 anos

Um cachorro da raça pinscher morreu após tentar salvar quatro crianças de um ataque de rottweiller, no Espírito Santo. Caso ocorreu nessa quinta-feira (25), e segundo as famílias das crianças, outras pessoas já haviam sido atacadas pelo rottweiller. As informações são do g1.

Pinscher salvou crianças

O dono do cachorrinho morto, Aderaldo Bergamo, revelou que o pinscher foi nomeado como Bili, e era o xodó da filha, de 4 anos. Ele contou também que o dono do rottweiler possui uma propriedade que fica perto do sítio onde tudo aconteceu. 

"Ele é do vizinho. As propriedades são grandes e as crianças acabam brincando espalhadas. O cachorro do vizinho anda pra tudo quanto é lado, tá sempre solto. Ele já mordeu umas 4, 5 pessoas. E dessa vez as crianças estavam brincando no meu quintal quando o rottweiler chegou muito nervoso", explicou. 

Aderaldo disse que Bili gostava de ficar perto das crianças, o que fez com que ele fosse o "herói" daquele dia

"O Bili tava junto com as crianças brincando. Mas quando o Bili viu o cachorro se aproximando das crianças, ele atacou o cachorro com a coragem que não tem fim", contou Aderaldo.

Os pais das crianças entre três e sete anos de idade só saíram de casa, quando ouviram o barulho dos cachorros brigando. 

"No tempo em que o Bili estava sendo atacado pelo outro cachorro, os pais das crianças saíram para poder socorrer os meninos. Ele [o Bili] deu a vida dele para poder salvar as crianças, ele foi um grande herói. É uma história muito triste mesmo. Eu já avisei tantas vezes pro vizinho tomar cuidado com aquele cachorro", disse o dono do Bili.

Não resistiu aos ferimentos 

Bili ainda chegou a ser levado para o veterinário, mas teve uma parada cardiorrespiratória devido aos ferimentos e acabou não resistindo. O cachorrinho estava na família há um ano. 

"O Bili acabou morrendo. Não teve dinheiro, não teve nada que a gente pudesse fazer porque os ferimentos foram muito graves", comentou Aderaldo.

Aderaldo revelou ainda que uma das coisas mais difíceis nessa história toda foi contar para a filha que Bili havia morrido. 

"Ela tava dando falta dele já. A mãe dela levou ela pra dar um passeio e já estamos tentando arrumar outro cachorro e dar o mesmo nome pra ele", disse o dono do Bili.