Quase R$ 200 mil em dinheiro, uma arma calibre 9mm e munições foram apreendidos pela Polícia Federal (PF) na 2ª fase da operação Oplá, que investiga o desvio de armas de possíveis Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para facções criminosas, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e Medianeira, no Paraná. As informações são do portal g1.
O inquérito da PF revela que a suspeita é de que as armas de CACs seriam desviadas para as organizações criminosas especializadas em roubos a comércios, bancos e até tomada de cidades.
Em outubro passado, a PF apontou que o suspeito de chefiar o esquema de desvio de armas seria um empresário ligado a um clube de tiros com sede em Campo Grande. A operação chegou até ele após Narciso Chamorro ser preso com um arsenal no porta-malas de um veículo, em 4 de outubro.
Tanto o clube como o empresário, Rodrigo Donovan, negam envolvimentos no caso. Porém, nas oitivas, Narciso disse que a pessoa que o contratou para "guardar" o arsenal tem nome e sobrenome com as iniciais "RD". Após citar as letras, o nome de Rodrigo foi citado por Narciso no interrogatório.
O advogado Augusto Fontoura, que defende Rodrigo, disse que houve um "equívoco de interpretação do depoimento de Narciso" por parte da PF.
A apuração narra que Narciso conseguiu obter a certidão de CAC com ajuda de Donovan. Além do apoio para emitir o documento, as investigações apontaram Narciso como "laranja" no esquema de desvio de armas para as facções criminosas.
Primeira fase da operação
Narciso foi preso no dia 4 de outubro com quatro fuzis calibre 7.62, três pistolas 9 mm de fabricação americana com “kit rajada”, coletes balísticos com falsas identificações da Polícia Civil, balaclavas e munições.
As armas eram roubadas e estavam no porta-malas do carro que ele dirigia quando foi parado por policiais. O homem confessou que receberia R$ 2 mil para guardar e transportar os armamentos, e que já era a segunda vez que fazia isso.