Reeleito prefeito do Rio de Janeiro pela quarta vez, Eduardo Paes (PSD) reforçou promessas feita em campanha durante a posse, nesta quarta-feira (1º). Uma delas foi a de que a Prefeitura do Rio irá fornecer, a partir de 2026, uma versão genérica do medicamento Ozempic – geralmente utilizado no controle do diabetes – na rede pública de saúde, para pacientes com casos graves de obesidade.
Segundo o g1, um dos 46 decretos publicados pela Prefeitura do Rio no primeiro dia da nova gestão determina a criação de um grupo de trabalho para avaliar como será feito o fornecimento de semaglutida, substância do Ozempic, na Clínicas da Família da rede municipal de saúde.
O estudo será coordenado pelo secretário de Saúde da capital fluminense, Daniel Soranz, e deve ser finalizado e apresentado a Eduardo Paes em até 90 dias.
Em entrevista ao g1, o secretário afirmou que a distribuição do medicamento deve ser iniciada em janeiro do próximo ano.
"Já estamos conversando com a Novo Nordisk [empresa que produz o Ozempic] e outras três empresas que vão fabricar o remédio após a quebra da patente. A expectativa é que 3 mil doses [por mês] já estejam disponíveis a partir de janeiro de 2026", afirmou Daniel Soranz, que destacou que "todo o processo da compra passará por uma licitação".
Durante a campanha eleitoral de 2024, Eduardo Paes admitiu ter feito uso do Ozempic e comentou que a obesidade precisava ser vista 'além do ponto de vista estético', pelo viés da saúde pública.
A distribuição, ainda de acordo com o secretário, será feita de forma cuidadosa. A decisão pelo uso do Ozempic será feita pelo médico da Família, que avaliará prós e contras do uso do medicamento.
Atualmente, a dose mensal de Ozempic sai por volta de R$ 1 mil. Caso a Prefeitura do Rio consiga, de fato, efetuar a quebra de patente do remédio, o preço do produto pode ser reduzido.