Alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) foram dispersados de uma ocupação com bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha nesta sexta-feira (20). Eles protestavam há mais de 50 dias no Pavilhão João Lyra FIlho, prédio principal do Campus Maracanã, em razão de corte de verbas.
O uso de força policial foi autorizado pela Justiça do RJ. O TJRJ havia dado 24 horas para que os estudantes saíssem do local, mas o prazo terminou nessa quinta-feira (19), e não foi cumprido.
A decisão, assinada pela juíza da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Luciana Lopes, autoriza o “uso de força policial suficiente e necessária à desocupação completa dos prédios da Uerj”.
A Justiça ainda requereu uma multa de R$ 10 mil para quatro estudantes e um servidor da Uerj, e solicitou o bloqueio do valor na conta bancária dos réus.
Estudantes protestavam contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.
Reitoria pediu saída de estudantes
A reitoria divulgou uma nota pedindo que os estudantes deixassem o local para evitar a força policial. “A reitoria apela aos estudantes para que eles saiam por iniciativa própria e pacificamente, cumprindo a decisão judicial, para que não haja nenhum tipo de uso da força policial a partir dessa decisão”, diz.
Nessa quinta, a reitoria tentou tirar os estudantes do local após o fim do prazo judicial, mas houve confronto e a universidade recuou, recorrendo à Justiça.