Novas medicações e tratamentos são incorporados ao SUS; veja quais são

O público alvo são pessoas vivendo com aids, câncer de pulmão, crianças e jovens com asma, pacientes em cirurgias de retirada de câncer no cérebro e pessoas com doença de Crohn, envolvendo o cólon

Novas medicações e tratamentos foram incorporados ao rol de ofertas do Sistema Único de Saúde (SUS) no início de maio, pelo Ministério da Saúde (MS). Serão beneficiados pessoas vivendo com aids, câncer de pulmão, crianças e jovens com asma, pacientes em cirurgias de retirada de câncer no cérebro e pessoas com doença de Crohn, envolvendo o cólon. 

Mais de 14 mil pessoas serão beneficiadas. Um novo método de monitoramento de funções neuronais, direcionado para pacientes oncológicos, será inserido no SUS. Conhecido como MION, o procedimento é utilizado na retirada de tumores malignos no cérebro. 

"Trata-se de um ganho importante já que até o momento a tecnologia não estava disponível no SUS e a incorporação reduz o risco de realização da cirurgia, ao apoiar a orientação de profissionais durante a realização e diminui a possibilidade de lesões. Além disso, a pasta avalia a incorporação do MION para outras doenças e condições cirúrgicas. A expectativa é de beneficiar 448 pacientes no primeiro ano e 747 pacientes até o ano de uso", diz comunicado do MS. 

HIV 

A Pasta irá oferecer o remédio fostensavir trometamol 600 mg para o tratamento de pacientes adultos multirresistentes infectados pelo HIV. O medicamento é utilizado para os pacientes que não conseguem uma redução da carga viral, mesmo com uso das opções já ofertadas pelo Sistema Único. 

"De acordo com o Ministério, será possível contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com aids, mais especificamente as que desenvolvem essa condição de multirresistente e ficam mais suscetíveis a doenças oportunistas e ao risco de morte. A última incorporação para pessoas multirresistentes ocorreu há oito anos, com a entrada da etravirina 200 mg. Desta forma, a expectativa é de beneficiar 72 pacientes no 1º ano e aproximadamente 769 pacientes no 5º ano", continuou o comunicado.

Câncer de pulmão

Pacientes com câncer de pulmão poderão usufruir do medicamento durvalumabe. Contudo, o remédio é indicado para o típico específico  chamado de “câncer de pulmão não pequenas células estágio III irressecável”. 

O medicamento é indicado para paciente que possuem tumores inoperáveis. 

Condições crônicas

O medicamento mepolizumabe 100 mg/mL para o tratamento de pacientes com asma eosinofílica grave refratária foi incorporado. Ele é indicado para crianças e adolescentes, das idades de 6 a 17 anos. Para adultos, o medicamento já indicado. 

"Em crianças ou adolescentes, a doença é caracterizada pela presença de níveis elevados de eosinófilos, que são glóbulos brancos responsáveis pela ação contra microrganismos e pelo combate a infecções no corpo. O uso do medicamento busca melhoria na condição de vida do paciente, com redução de crises e do agravamento da doença. A população beneficiada no 1º ano é estimada em 22 pacientes, e sobre para 110 no 5º ano", continuou a Pasta. 

Já para pacientes com doenças raras, o Ministério incorporou o monitoramento do calprotectina fecal no intestino (cólon) de pacientes com doença de Crohn. 

"Trata-se de um biomarcador que apoia o diagnóstico e o monitoramento de pacientes com a enfermidade, indicando atividade inflamatória. A identificação de inflamações é feita pela avaliação da calprotectina, uma proteína detectada por exame de fezes. Esse acompanhamento é fundamental para orientar o tratamento do paciente", diz a pasta. 

O MS acredita que é uma alternativa menos invasiva para os pacientes.