Uma criança de quatro de anos teve o rosto desfigurado após ser agredida em Jardinópolis, Região Metropolitana de Ribeirão Preto (SP). O principal suspeito é o padrasto, acusado de também ter espancado o irmão do menino, de sete anos. A Polícia Civil está tratando o crime como lesão corporal. As informações são do portal G1.
Conforme o pai do garoto mais novo, o padrasto agiu na criança com "requintes de crueldade". "Meu filho contou que [o padrasto] bateu nele de chinelo, de fio, deu soco nele, chute. Aí eu não aguentei. Comecei a chorar, desabar", disse o pai.
Investigado pela Polícia, o suspeito está desaparecido. Tudo teria ocorrido na tarde da última quinta-feira (14), quando os meninos foram encontrados seriamente feridos após a mãe voltar do trabalho. O padrasto já não estava mais no local. No dia seguinte, eles passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
O Conselho Tutelar informou que cada uma das crianças está sob a guarda dos respectivos pais.
"Ele é um monstro. Pra mim, ele tem que ir preso. Ele é um lixo. Pra mim, não é homem, não", protesta o pai.
Vizinhos ouviram barulho da agressão
A mãe conta que, ao chegar em casa de madrugada, percebeu os ferimentos e levou os filhos ao pronto-socorro. Segundo ela, vizinhos disseram ter ouvido o barulho de quando o companheiro dela agredia as crianças.
A tia do menino mais novo relata que os dois garotos estão bastante assustados, sem saber o motivo da agressão. Ela foi à casa da família após receber fotos dos meninos machucados.
"Eles falam que não sabem, não falam nada. São crianças, só ficam mudos. Eles estão assustados com o acontecido. Apanharam demais, apanharam de sandália e rasteirinha na cara. Acabou o chão pra nós, pra todo mundo. Eu só quero justiça, quero ele na cadeia".
Crianças serão ouvidas
Ainda no início da apuração, o delegado André Baldochi disse que o caso foi registrado como lesão corporal, mas que a tipificação pode ser alterada para tentativa de homicídio caso seja comprovado que o suspeito agiu com essa intenção.
O caso mais grave é da criança de quatro anos. Os olhos dela não abrem. O mais velho vai receber ajuda psicológica. O depoimento dos garotos deve ajudar a Polícia na investigação. De acordo com Baldochi, eles serão chamados nos próximos dias para uma oitiva especial com a participação de psicólogos.
A avó paterna do menino de sete anos alega que a mãe costuma bater nas crianças. Ela também será alvo de investigação, conforme o delegado. "Ela batia nele mesmo, porque às vezes ele aparecia na minha casa todo machucado. Eu perguntava para ele e ele falava que caía, mas ela batia nele", afirma.