Mãe escolhe nome inédito no Brasil e precisa de autorização do cartório para registrar filha

Estabelecimento teve que avaliar se a escolha poderia ser de difícil pronúncia ou vexatória, podendo ser mudada no futuro

A advogada Daniele Pereira Brandão Xavier, de 40 anos, teve que solicitar uma autorização do cartório, na cidade de São Paulo, para registrar a própria filha como Amayomi. A medida foi necessária devido ao fato de o nome nunca ter sido escolhido antes no Brasil.

Saber que minha bebê é a primeira e única é algo bem diferente. Vivemos em um estado em que os nomes dos bebês são registrados de acordo com uma moda, seguindo uma lista de nomes do ano", comentou a mãe.

“Daqui algum tempo vai existir outras Amayomi no País, e a primeira foi minha filha no ano de 2022. Para mim, é histórico e vou fazer questão de contar para ela”, completou em entrevista à revista Crescer, publicada nessa quinta-feira (5).

A jurista detalhou que ao comunicar a escolha para a funcionária do estabelecimento, localizado na maternidade onde deu à luz a bebê, foi informada que não havia registro do nome no País. Devido ao ineditismo, a colaboradora teve que pedir autorização ao cartório central para seguir com o processo. 

Após uma hora, a solicitação foi aprovada e a mãe pode registrar a criança, que nasceu em outubro de 2022. A liberação empolgou até os demais trabalhadores do local. 

[A escolha] passa por uma avaliação para verificar se não trata de um nome de difícil pronúncia ou vexatório passível de futura ação judicial para alteração do nome, após chegaram à conclusão que não seria o caso, então houve a autorização e alegria veio para todos por ser um marco, algo histórico para o cartório."

A preferência por nomes diferentes não começou com a filha mais nova. A outra herdeira de Daniele Pereira, de 6 anos, tem o mesmo nome de batismo da madre Paulina: Amábile Lúcia. A harmonia sonora entre a escolha para a mais velha e a caçula foi o que motivou a preferência por Amayomi.

“Um dia eu estava conversando com minha irmã Kelly, que é professora, conversamos a respeito do nome, e fizemos algumas pesquisas e vimos que existia o nome Amayomi. Achei super parecido com o nome da mais velha, Amabile e Amayomi, então decidi naquele momento que seria Amayomi”, disse à Crescer.

Além das duas, ela ainda tem outro filho, chamado Davi, de 20 anos. A gravidez da mais nova não estava nos planos da advogada. “Descobri a gestação no momento que soube que iria ser avó da Laurinha, filha do meu filho Davi”, detalhou.

Apesar da surpresa inicial, Amayomi nasceu no mesmo período em que o pai de Daniele Pereira faleceu e se tornou um presente ainda mais especial. “Agradeço a ela todos os dias por ser um anjo enviado por Deus para diminuir essa dor.” 

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