A Justiça agendou o júri popular do empresário Paulo Cupertino Matias para a tarde desta quinta-feira (10). A informação é do G1. Ele é acusado de matar com 13 tiros o ator Rafael Henrique Miguel e os pais dele.
Conforme o Ministério Público (MP), o réu cometeu o crime por ciúmes porque não aceitava o relacionamento do artista com a própria filha, Isabela Tibcherani Matias.
Na época, Isabela tinha 18 anos. Neste ano, ela completou 23 e deixou de usar o sobrenome do pai. Rafael estava com 22 anos na época.
O pai do ator, João Alcisio Miguel, tinha 52, e a mãe, Miriam Selma Silva Miguel, 50. Os dois eram casados. Todos os três morreram na rua, próximo ao carro da família. Eles foram deixar Isabela na casa em que ela morava com a mãe, na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira.
Cupertino, agora com 54 anos, está preso e responde por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das três vítimas: Rafael, João e Miriam.
Dois amigos do empresário também serão julgados no mesmo processo. Eles são réus acusados pelo MP pelo crime de favorecimento pessoal porque, de acordo com a Promotoria, ajudaram Cupertino a fugir e se esconder após o crime.
Os amigos do responsável pelo crime foram identificados sendo Eduardo Jose Machado, o "Eduardo da Pizzaria", de 45 anos, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, de 59 anos, que morava em Sorocaba, no interior paulista. Ambos respondem em liberdade.
Como será a audiência de Cupertino?
O julgamento está previsto para começar às 13h no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital. Ele deverá durar até sexta-feira (11), quando o juiz Ricardo Augusto Ramos, da 1ª Vara, dará a sentença a partir da decisão do júri.
Sete jurados votarão se eles são culpados ou inocentes e ainda se os condenam ou absolvem. Mais de 20 testemunhas, entre as de acusação e de defesa, foram arroladas para participar do júri.
Entre as testemunhas que serão ouvidas no julgamento estão Isabela e sua mãe, Vanessa Tibcheriani de Camargo, de 44 anos. Ela é ex-esposa de Cupertino. As duas queriam falar por videoconferência, mas o magistrado não autorizou. O juiz permitiu, no entanto, que elas prestem depoimentos sem a presença dos réus, que deixarão o plenário nesse momento.