O homem preso preventivamente em Palmas, Tocantins, suspeito de aplicar inúmeros golpes em estabelecimentos comerciais pelo País, identificado como Ruan Pamponet Costa, de 28 anos, engana estabelecimentos para manter uma vida luxo, conforme revelou o pai dele ao Domingo Espetacular, exibido nesse domingo (24).
"[Ele] começou a querer viver de, como ele diz, 'bon-vivant'. Um 'bon-vivant' que não corre atrás, não trabalha, só aproveita. Não faz esforço. Sei que ele não dá golpe para ganhar dinheiro, é mais para aproveitar mesmo", explicou o familiar do investigado à reportagem.
Natural de Aracaju, Sergipe, o investigado viveu com a família até os 18 anos e durante esse tempo não demostrava interesse em estudar ou se esforçar para trabalhar, segundo informou o pai dele, que não teve identidade revelada. Então, aos 19 anos começou a aplicar golpes.
"Ele nunca quis saber muito de estudar e se esforçar para as coisas. Sempre foi bem assim, querendo só viver a vida boa. Aí, tem uma hora que a gente cansou e ele seguiu a vida dele", detalhou ao programa da Record TV.
Segundo as autoridades, Ruan possui mais de 40 passagens pela Polícia, registradas desde 2014, distribuídas em pelos menos oito estados do País — Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Tocantins, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro —, além do Distrito Federal. Ele estava residindo em Brasília, local onde aplicou mais golpes, segundo a reportagem.
Atualmente, Ruan está preso preventivamente em Palmas, capital de Tocantins, após dar um prejuízo de R$ 5,2 mil em um bar na Praia da Graciosa, na quinta-feira (21). No documento que pede a prisão preventiva, o delegado Rodrigo Saud Auturiano explica que o suspeito tem cerca de 15 boletins de ocorrência pela prática de delitos envolvendo fraudes.
Conforme o pai do suspeito, o principal medo da família é que haja outra consequência para a conduta dele além da detenção.
"O medo que a gente tem é de acontecer algo mais grave. Preocupação a gente tem muito, de acontecer algo mais sério, que não simplesmente mande prender".
Histórico de golpes
O caso em Palmas aconteceu apenas dois dias após Ruan ser posto em liberdade em Goiânia, Goiás, por causar um prejuízo de R$ 6 mil após fingir passar mal para não pagar a conta. Segundo a Polícia, o homem deu o calote mesmo sendo orientado pela juíza que o soltou a ficar longe de bares e não agir mais de má-fé.
Durante a audiência de custódia realizada pela Justiça da Capital de Tocantins, ele revelou ser barman, mas que não possui vínculo empregatício formal desde 2018. "Apesar de ter essa péssima conduta, sempre fiz bico de barman", disse ao juiz.
Em novembro de 2021, ele fingiu ser jogador de futebol e gastou cerca de R$ 4,3 mil em um restaurante no bairro Varjota, área nobre de Fortaleza, no Ceará. Acompanhado de dois supostos seguranças e dois motoristas de aplicativo, ele consumiu quilos de picanha importada, camarão e sobremesas. Nas bebidas, foram R$ 537,30 só de caipirinhas e R$ 527,67 em energéticos.
A conduta é semelhante à realizada em outros estabelecimentos em que aplicou o golpe pelo país. Ruan costumava afirmar ser um ex-jogador ou turista e paga bebidas e comidas para outras pessoas presente no local, além de permanecer nele por horas.
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