Foragido há mais de um ano, o ex-deputado de Santa Catarina Nilson Nelson Machado, mais conhecido como Duduco, foi preso no Centro da cidade do Rio de Janeiro, na quarta-feira (2), pela Polícia Federal. O antigo parlamentar, de 63 anos, foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, após violentar crianças e adolescentes que frequentavam creche que ele gerenciava, em 2013.
O criminoso foi encontrado através dos levantamentos de dados e de troca de informações realizados entre autoridades. O mandado de prisão definitiva foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Florianópolis, conforme dados da PF. As informações são dos portais Metrópoles e G1.
Após a detenção, Duduco foi encaminhado ao sistema prisional do estado fluminense, onde permanece à disposição da Justiça. Ao todo, ele foi condenado a 20 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável.
Em nota ao G1, a defesa do antigo parlamentar disse haver um recurso e um habeas corpus nos Tribunais Superiores "visando desconstituir a injusta condenação de Duduco, que foi condenado por apenas uma acusação de um de seus 73 filhos".
Relembre caso
O ex-político foi condenado, em setembro de 2017, a 31 anos, 4 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de maus-tratos e abuso sexual contra crianças e adolescentes, em Florianópolis (SC). Dois anos depois, a pena do antigo deputado estadual catarinense foi reduzida para 25 anos, seis meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.
Nilson chegou a recorrer da decisão e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a sentença, mas readequou a pena.
Em maio de 2013, crianças denunciaram terem sido abusadas por Duduco. Na época, ele chegou a ficar foragido, mas quatro meses depois foi preso no Rio de Janeiro. Ele ficou por mais de 20 dias na penitenciária do bairro Agronômica, em Florianópolis, e depois foi solto.
Uma reportagem da NCS TV, então RBS TV, exibida naquele ano, é possível observar o ex-político confessar, sem saber que estava sendo gravado, que se relacionava com os menores do abrigo que administrava.
A gravação tem cerca de 30 minutos de duração e, nela, Duduco cita inclusive nomes: "Na minha fraqueza, me envolvi com o (...), e aí quando me separei do (...), o (...) começou a atravessar o meu caminho". Procurado no período, ele negou as denúncias e refutou qualquer possibilidade de relacionamento com os adolescentes, conforme o portal G1.