Envenenamento no Rio de Janeiro é caso de hoje do 'Linha Direta'; relembre a história

Madrasta está presa suspeita de ter envenenado os enteados

A história de Cíntia Mariano Dias Cabral, madrasta suspeita de tentar matar por envenenamento o enteado, em 20 de maio do último ano, no Rio de Janeiro, é o tema do programa Linha Direta desta quinta-feira (29), que deve abordar o caso com detalhes da investigação, acusados pelo crime e a luta da família até os dias atuais por uma conclusão justa.

De acordo com investigações policiais, o jovem Bruno Cabral deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio. Ele apresentava sintomas como tontura, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca após comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta, que vivia com seu pai há cerca de seis anos.

Segundo depoimentos, a vítima reclamou que o feijão estava com gosto amargo. A madrasta, então, levou o prato de volta para a cozinha e colocou mais comida. Após a refeição, o rapaz foi para a casa da mãe e começou a apresentar sintomas de envenenamento.

Levado ao hospital, o jovem foi submetido a uma lavagem gástrica e teve a intoxicação exógena diagnosticada pela equipe médica. Na residência, policiais localizaram um veneno de pulgas na cozinha.

ENVENENAMENTO DE ENTEADA

Cíntia também é acusada de ter envenenado a enteada, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, em março do mesmo ano. A estudante morreu depois de ficar 13 dias internada na mesma unidade de saúde que o irmão com sintomas semelhantes após outra refeição servida pela madrasta. Inicialmente, o caso foi tratado como causa natural.

Meses depois do crime, um laudo complementar realizado pelo IML apontou que Fernanda foi vítima de envenenamento, além de identificar o que seria uma intoxicação por compostos orgânicos presentes no veneno popularmente conhecido como chumbinho - mesmo material gástrico encontrado em Bruno.

Investigações apontam que os crimes teriam sido praticados pela madrasta por ciúmes dos filhos do marido, que moravam com o casal.

Em 15 de maio deste ano, Cíntia foi ouvida pela 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Além dela, um médico perito e o Ministério Público do Rio também foram ouvidos. Após os 20 minutos de sessão, Cíntia teve a prisão preventiva mantida.

O neurologista e perito médico legista da Polícia Civil, Gustavo Figueira Rodrigues, reafirmou, na sessão do dia 15 de maio, o quadro de intoxicação.

Os advogados de Cíntia pediram que ela se mantivesse em silêncio, após o depoimento do perito. A equipe também pediu anulação das provas produzidas pela exumação do corpo de Fernanda Cabral. Conforme eles, não houve requisição formal do pedido de exames realizados no corpo.

Havia o entendimento da Justiça do Rio que não necessitava de autorização judicial para realização de exumação do corpo da enteada de Cíntia. Advogados da acusada também pediram a retirada do agravante de motivo fútil no processo. 

A defesa da ré recorreu à decisão e a Justiça aguarda análise do recurso para dar continuidade ao processo. A acusada irá a júri popular em março de 2024.

OUTRO CASO

No mesmo programa, Pedro Bial vai apresentar outra história de violência familiar. O segundo caso do Linha Direta desta quinta-feira (29) é o de Ruan dos Santos Martins, de 25 anos, que matou a sogra, o cunhado e um primo da companheira no Interior do Paraná. Segundo as investigações, o crime foi motivado por ciúmes.

O caso foi na madrugada do último dia 1º de maio, em um bar.

O homem está foragido, e o programa exibirá o caso pedindo ajuda para ele ser localizado pela Polícia.