As autoridades investigam a interferência de uma série de empresas ligadas a policiais citados na delação premiada de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado neste mês no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O empresário tinha denunciado a suposta participação de delegados e investigadores em práticas criminosas uma semana antes.
Um investigador com salário líquido de R$ 5,5 mil é apontado como dono oculto de uma concessionária de luxo, enquanto um agente de telecomunicações, com folha de R$ 7,3 mil, aparece como proprietário de empresas de construção, de segurança e de estética. A força-tarefa investiga a origem dos bens.
Apesar de não ser crime servidor público ter empresas, há uma vedação quanto a ser sócio-administrador, que é a suspeita dos investigadores. Agora, o objetivo é entender como eles construíram todo esse patrimônio, uma vez que têm dedicação exclusiva.
Assassinato em Guarulhos
O crime ocorreu na sexta-feira (8), quando dois homens armados com fuzis executaram Gritzbach em frente ao Aeroporto de Guarulhos. Um motorista de aplicativo também morreu, e outras três pessoas ficaram feridas.
Gritzbach era réu por lavagem de dinheiro para o PCC e teve sua delação homologada em abril, revelando pagamentos milionários de propina a policiais. A força-tarefa busca identificar mandantes e executores do crime.
Até o momento, nenhum suspeito foi preso, mas policiais militares e civis citados na delação foram afastados. Autoridades apuram indícios de corrupção e extorsão no caso.