O fim de semana foi marcado por uma série de crimes eleitorais na Baixada Fluminense (RJ). Em Belford Roxo, na madrugada deste domingo (06), pelo menos 31 pessoas foram presas por suspeita de boca de urna, sendo três delas três policiais militares.
Segundo apuração do jornal O Globo, entre os policiais detidos está o secretário de Ordem Pública da cidade, Marcelo Dias. Os três PMs estavam em um comboio de quatro carros que foi interceptado pela Polícia Militar no bairro São Bernardo.
O carro onde os policiais estavam tinha a placa coberta por um adesivo do candidato a prefeito Matheus do Waguinho (Republicanos). Por conta da infração, uma quarta pessoa foi presa junto ao trio por crime de adulteração de sinal de identificação de veículo.
Nos demais carros, foram encontrados materiais de campanha eleitoral. No total, 21 pessoas foram presas na ocorrência.
A delegacia de Belford Roxo informou que irá apurar o caso e encaminhar todo o material para a Polícia Federal. A Polícia Militar, por sua vez, afirmou que a ocorrência foi levada para a Corregedoria da corporação, que instaurou um procedimento para analisar o caso.
A Prefeitura de Belford Roxo, onde o policial Marcelo Dias trabalha como secretário, afirmou em nota que ele “não transportava nenhum material contendo fake news” e que os advogados de Dias “estão pedindo o desmembramento do caso” para provar a inocência do secretário.
Outras ocorrências na Baixada Fluminense
Ainda na Baixada Fluminense, em Nilópolis, 24 pessoas foram presas pela Polícia Federal na noite deste sábado (05), segundo o O Globo. O grupo estava com R$ 63 mil em dinheiro e uma relação com nomes de eleitores.
Em Mesquita, outro município da Baixada, um crime eleitoral se transformou em um episódio de violência quando um homem que estaria colando adesivos de um candidato foi baleado por um grupo de pessoas não identificadas.
Em outra ocorrência na mesma cidade, dez pessoas foram presas por boca de urna. Elas assinaram um termo circunstanciado em que se comprometeram a comparecer à Justiça e foram liberadas