Celular e outros objetos da escrivã Rafaela Drumond são investigados pela Polícia

Sindicado aponta que servidora sofria assédio e sobrecarga de trabalho

O celular da escrivã Rafaela Drumond e outros objetos localizados na casa onde ela foi encontrada morta são investigados pela Polícia Civil de Minas Gerais. O caso foi registrado como suicídio.

Os objetos passarão por perícia, segundo informou o porta-voz da PCMG, delegado Saulo Castro, em pronunciamento nesta sexta-feira (16).

"Uma equipe composta por peritos investigadores se deslocou até o local dos acontecimentos, onde arrecadaram objetos que guardam relação com a investigação, inclusive o telefone celular da servidora. Esses objetos estão sendo devidamente periciados", disse.

As investigações seguem em andamento. A Corregedoria da Polícia Civil abriu processo administrativo para apurar possíveis transgressões disciplinares que envolvam servidores. 

Rafaela vinha sofrendo assédio moral, sexual e sobrecarga de trabalho, segundo o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG). 

"As investigações são isentas, imparciais e absolutamente profissionais. Em paralelo, a Polícia Civil tem feito ações de assistência e acolhimento aos familiares e amigos da Rafaela", afirmou o delegado. 

Escrivã encontrada morta em casa

Rafaela foi encontrada morta pelos pais, em um quarto da casa onde a família mora, na cidade de Antônio Carlos, em 9 de junho. Após o óbito, vazaram áudios em que a vítima detalha situações de violência psicológica e perseguição na instituição.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra Rafaela sendo xingada e ameaçada em uma delegacia. Nas imagens, um homem não identificado debocha e chama a servidora de 'piranha'.

O Sindep-MG informou ainda que pressiona autoridades para um esclarecimento sobre as denúncias. A Polícia informou que a Corregedoria foi acionada e atua em investigações sobre as circustâncias da morte de Rafaela.