A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, até a manhã desta segunda-feira (31), 70 pontos bloqueados por caminhoneiros ou com aglomerações nos estados do Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País após o resultado das eleições. À noite, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) se posicionou contrária às paralisações.
O fechamento de rodovias já foi contabilizado no Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Goiás, São Paulo e no Distrito Federal.
A região Nordeste é a única sem anotar essas ocorrências até a última atualização da corporação.
"A PRF segue atenta, monitorando todas as ocorrências e com efetivo empregado na tarefa de garantir fluxo viário normal a todos os cidadãos", diz nota.
Entidade representativa das empresas discorda
Em nota, a CNT informou que também monitora as paralisações em algumas rodovias do País e afirmou que se posiciona contrariamente às intervenções.
"A entidade respeita o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas", comunicou.
Segundo o órgão, as paralisações podem acarretar em prejuízos como transtornos econômicos, dificuldades para locomoção de pessoas enfermas e bloqueio do transporte de produtos essenciais, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
Rodovias interditadas
Os bloqueios começaram a ser organizados pelos caminhoneiros em protesto contra o resultado das eleições. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o segundo turno das eleições, com 60.345.999 votos válidos (50,9%) ante 58.206.354 votos válidos (49,1%) de Jair Bolsonaro (PL).
Apesar dos atos da categoria, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autonômos e Celetistas, deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), reconhece a vitória do petista.
"A categoria reconhece o resultado das eleições realizada no dia de hoje que é fruto da democracia que inclusive essas categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o estado de direito foram severamente atacadas", afirmou.