Braiscompany é alvo de operação de busca e apreensão da PF em São Paulo e Paraíba

Empresa é acusada de manter esquema de pirâmide com criptoativos

Um mandado de busca e apreensão na sede da Braiscompany está sendo cumprido, na manhã desta quinta-feira (16), em São Paulo, João Pessoa e Campina Grande (PB), após acusações de que a empresa teria feito esquema de pirâmide com criptoativos. Investigações mostram prejuízos em mais de R$ 600 milhões a clientes, a quem foram prometidos rendimentos mensais de até 8%.

Investidores teriam denunciado desde dezembro do ano passado a falta de pagamento dos rendimentos prometidos pela Braiscompany, que está atualmente sob o comando de Antônio Inácio da Silva Neto.

Silva Neto, inclusive, é acusado pelo Ministério Público da Paraíba de desaparecer e não prestar assistência a 10 mil clientes. Ele teria alegado que a Binance, considerada a maior corretora de bitcoins do mundo, suspendeu as operações da Braiscompany por problemas com outra empresa do Brasil. 

Apesar da promessa de restabelecer os pagamentos em breve, o combinado não foi cumprido e todos continuaram no prejuízo. Ainda segundo a Polícia Federal, a empresa em questão teria movimentado R$ 1,5 bilhão em contas suspeitas nos últimos quatro anos.

Investigação

A operação que cumpre o mandado é chamada Halving e ocorre em conjunto com o Ministério Público Federal. O objetivo seria combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. Oito mandados são cumpridos. 

O nome foi pensado em alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, algo que ocorre a cada quatro anos. O período, inclusive, é citado pela PF como semelhante à ascensão e derrocada do esquema investigado.