Avó de menino de 2 anos que morreu esquecido em van escolar em SP diz que 'foi irresponsabidade'

O motorista e a auxiliar de transporte foram presos em flagrante por homicídio

A avó do menino de 2 anos, que morreu após ser esquecido em uma van escolar, na Vila Maria, Zona Norte de São Paulo, na última terça-feira (14), afirmou à TV Globo que "foi irresponsabilidade" do motorista e da auxiliar de transporte. A dupla foi presa em flagrante por homicídio.

A mulher contou que o neto foi colocado na van do Transporte Escolar Gratuito (TEG) por volta das 7h, mas não foi deixado na creche. Cerca de 16h20, o menino deu entrada no Hospital Municipal Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo, já sem vida.

Conforme informações do site G1, o Boletim de Ocorrência aberto pela Polícia Civil de São Paulo pelo homicídio aponta que o motorista deixou as outras crianças nas escolas e parou a van escolar em um estacionamento.

O motorista só voltou à tarde, quando encontrou a criança em um banco, já desacordada. Ele e a auxiliar ainda tentaram levar o menino ao Hospital. A suspeita da Polícia Civil é que o menino morreu em decorrência do alto calor que faz em São Paulo, mas aguarda os laudos periciais para concluir a causa.

"Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível, como hoje, só foi perceber na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer Justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade", afirmou a avó do menino, na entrevista.

Prefeitura lamentou a morte

A Prefeitura Municipal de São Paulo emitiu uma nota em que lamenta a morte do menino, garante que presta apoio psicológico à família e afirma que o motorista foi descredenciado, além de virar alvo de um processo administrativo.

"A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. Um Boletim de Ocorrência foi registrado e a Diretoria Regional de Educação (DRE) está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação. O condutor do Transporte Escolar Gratuito (TEG) já foi descredenciado e um processo administrativo foi aberto para apurar a conduta do profissional", diz o texto.