Acusado de matar mãe por interesse na herança é preso mais de três anos após o crime

O jovem de 27 anos cometeu o crime em Guarujá, no litoral de São Paulo

Após passar mais de três anos foragido, o jovem acusado de matar a própria mãe por interesse na herança foi preso, nesta segunda-feira (8). Bruno Eustáquio Vieira, de 27 anos, foi capturado em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. O crime ocorreu em 21 de dezembro de 2020, no Guarujá, litoral de São Paulo. 

As informações são do g1. O caso foi destaque no programa Linha Direta, da TV Globo, sendo exibido no mesmo dia do parricídio da família Gonçalves. Imagens de câmera de segurança da casa foram encontradas escondidas no forno do fogão da propriedade. Márcia Lanzane foi morta após ter uma luta corporal com o filho. 

A mulher foi espancada pelo filho com socos e teve o pescoço apertado, por mais de uma hora. Após matar a mãe, Bruno retornou à sala e assistiu televisão. No dia seguinte, saiu de casa e ao retornar, ligou para a polícia informando que achou a mãe morta.

Acusado não aguardará em liberdade

Bruno será julgado em um tribunal do júri. O acusado, conforme decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, não poderá aguardar a sentença em liberdade. 

"Trata-se de crime extremamente grave e o réu não demonstra que pretende cooperar para a aplicação da lei penal. Logo, fica mantida a decisão que decretou a prisão preventiva do acusado", afirmou a juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal de Guarujá.
 

O advogado de defesa de Bruno alegou, em documento enviado ao Tribunal e obtido pelo g1, que não há provas suficientes para julgamento. 

"Provas produzidas unilateralmente pelos órgãos da acusação penal não servem para o processo penal e não podem basear condenações, muito menos suposições e teorias colocadas pela acusação", frisou Anderson Real Soares. 

O pedido da defesa foi negado e o tribunal do júri mantido.