Inteligência Artificial pode ajudar a detectar câncer de mama, aponta estudo
Pesquisa foi realizada na Suécia e publicada nesta terça-feira (1º) na revista Lancet
Um programa baseado na inteligência artificial (IA) pode reduzir a carga de trabalho dos radiologistas na detecção do câncer de mama, segundo os primeiros dados de um estudo publicado nesta terça-feira (1º) na revista The Lancet Oncology.
Realizado na Suécia, o estudo permite concluir que não há risco para os radiologistas usarem essa tecnologia para orientar melhor suas análises.
“O maior potencial da IA no momento é permitir que os radiologistas sejam menos sobrecarregados pela quantidade excessiva de leitura”, disse a coautora do estudo, Dra. Kristina Lång, professora associada de diagnósticos radiológicos da Universidade de Lund, na Suécia.
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O uso da IA não prejudicou a detecção, e sim a aumentou levemente. A taxa de falsos positivos foi semelhante.
Como funciona o estudo
Os pesquisadores se basearam em uma amostra de 80.000 mulheres, divididas em dois grupos de tamanho semelhante. Todas elas se submeteram a uma mamografia.
O primeiro grupo foi rastreado da forma clássica, com a opinião de dois radiologistas independentes. O segundo, por meio de um programa de IA e um radiologista.
Os resultados podem, eventualmente, reduzir o número de radiologistas dedicados ao rastreio do câncer de mama, considerado uma das formas mais eficazes de se lutar contra esse tumor.
Será necessário, no entanto, confirmar esses resultados ao longo do tempo. Para isso, os pesquisadores irão analisar, ao longo de dois anos, quantas mulheres em cada grupo receberam posteriormente um diagnóstico de câncer, mesmo o tumor não tendo sido detectado no rastreio inicial.