Ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner é condenada à prisão por corrupção

Condenação foi confirmada pela Suprema Corte da Argentina nesta terça-feira (10)

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(Atualizado às 23:05)
Imagem da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner condenada pela Suprema Corte sorri para apoiadores na sede do Partido Justicialista em Buenos Aires
Legenda: A defesa de Kirchner pode solicitar à Justiça o direito à prisão domiciliar
Foto: ALESSIA MACCIONI / AFP

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner deverá cumprir uma pena de seis anos de prisão e ficará inelegível politicamente de forma perpétua. A decisão foi confirmada pela Suprema Corte, nesta terça-feira (10), considerando o crime de administração fraudulenta.

A defesa de Kirchner, de 72 anos, pode solicitar à Justiça o direito à prisão domiciliar por ter mais de 70 anos. Caso seja concedida, ela poderá cumprir a pena em Buenos Aires ou em Santa Cruz, onde tem residência.

Em 2022, Kirchner, principal opositora do governo ultraliberal de Javier Milei, foi condenada por:

  • Corrupção;
  • Pagamentos superfaturados;
  • Concessão de contratos para obras públicas na província de Santa Cruz durante sua presidência.

"As sentenças ditadas pelos tribunais anteriores se basearam em abundantes provas produzidas", escreveu o mais alto tribunal argentino em seu veredicto. "Por isso, rejeita-se a queixa" apresentada pela defesa, acrescentou.

A ex-presidente acusou os procuradores e vários dos juízes de parcialidade no chamado "caso Vialidad" e apontou que o governo quer torná-la inelegível.

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Vaga como deputada

Na semana passada, Cristina havia anunciado que concorreria a uma vaga como deputada pela província de Buenos Aires, a mais populosa do país, nas eleições legislativas provinciais de 7 de setembro. Se vencesse, obteria foro privilegiado.

A decisão da Corte agora a exclui de qualquer cargo eletivo e obriga a oposição a repensar sua estratégia eleitoral diante das eleições legislativas nacionais de meio de mandato, que ocorrerão em outubro.

No X, Milei celebrou a decisão de condenação: "Justiça. Fim".

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