O diplomata alemão Markus Potzel informou, nesta quarta-feira (25), que os talibãs aceitaram a saída de afegãos do país após a retirada definitiva dos soldados americanos em 31 de agosto.
Segundo ele, que participa das negociações com o grupo extremista, o escritório político dos talibãs no Catar, Sher Abbas Stanekzai, "me assegurou que os afegãos que tenham documentos válidos continuarão a ter a possibilidade de viajar em voos comerciais após 31 de agosto", tuitou Potzel.
Já a chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta quarta-feira que a comunidade internacional tem que continuar "dialogando com os talibãs" para preservar as conquistas alcançadas no Afeganistão nos últimos anos.
Para a chefe do governo alemão, "o Talibã é uma realidade no Afeganistão". "Esta nova realidade é amarga, mas devemos enfrentá-la", admitiu.
Saída
Nessa terça-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou que o país quer concluir sua retirada total do Afeganistão em 31 de agosto e deve fazê-lo rapidamente devido ao risco crescente de ataques terroristas.
"Quanto antes terminarmos, melhor", disse Biden sobre o plano de retirar civis americanos, afegãos e soldados dos Estados Unidos depois que os talibãs tomaram Cabul. "Cada dia da operação aumenta os riscos para nossas tropas", acrescentou.
Biden disse ter analisado a situação com os líderes do Grupo dos Sete (G7) e que estes concordaram em "manter a colaboração para retirar as pessoas da forma mais eficiente e segura".
"Estamos em vias de concluir em 31 de agosto" a retirada, disse Biden, que tem sido pressionado por vários líderes europeus a prorrogar esta data limite para proteger todos os que querem fugir dos talibãs.