Polonesa que dizia ser Madeleine McCann se arrepende: 'Nunca tive intenção de machucar'

Julia Wandelt, de 22 anos, disse ter semelhanças com a britânica desaparecida

Julia Wandelt, de 22 anos, a polonesa que alegava ser a britânica Madeleine McCann, afirmou que se arrepende e disse nunca ter tido a intenção de "machucar ninguém", inclusive, os pais da menina desaparecida. "Nunca tive a intenção de machucar ninguém, incluindo os McCann. Eu realmente queria saber quem eu sou", declarou a jovem.

A afirmação foi dada em entrevista ao podcast 'Why Do You Hate Me?', da BBC, nessa terça-feira (30).

Durante o programa, Wandelt disse ter sofrido abuso sexual quando criança e, anos depois, enquanto fazia terapia, percebeu não se lembrar bem de partes da infância. E teria sido essa falta de memória que teria levado a polonesa a cogitar que poderia ter sido adotada.

No entanto, segundo ela, os pais ignoraram suas especulações sobre o próprio passado. E o efeito dessa atitude teria sido alimentar ainda mais suas suspeitas. "Eu sei como é a aparência do meu agressor. Eu sei que é muito, muito semelhante aos suspeitos do caso de Madeleine McCann", continuou Wandelt.

Devido às especulações, a polonesa chegou a receber ameaças de morte. Uma pessoa teria chegado a oferecer uma recompensa de 30 mil euros, o equivalente a R$ 160 mil, pela cabeça dela. 

Lembre o caso

No ano passado, a polonesa usou o Instagram para publicar vídeos e montagens que sugeriam semelhanças com a britânica desaparecida. No entanto, ambas as jovens têm idades diferentes — McCann teria 19 anos e Wandelt, 22 —, o que, por si só, derruba a hipótese.

Wandelt acreditava que uma sarda na perna e uma rara condição no olho indicavam que ela era a garota desaparecida. "Acho que posso ser Madeleine. Preciso de teste de DNA. Investigadores da polícia do Reino Unido e da Polônia tentam me ignorar. Vou contar minha história em posts aqui", escreveu ela no Instagram.

Em 2020, a polícia alemã apontou que o principal suspeito do desaparecimento de McCann era um agressor sexual, já preso no país, identificado como Christian Brueckner, que teria assassinado a menina após o sequestro.