O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Evgueni Prigozhin, que liderou uma rebelião abortada contra o Kremlin em junho, morreu em um acidente de avião na Rússia nesta quarta-feira (23), na região de Tver. A aeronave particular é fabricada pela empresa brasileira Embraer, e fazia um voo de Moscou a São Petesburgo.
Entre as 10 vítimas do acidente, estão sete passageiros e três funcionários.
Sem sobreviventes
Segundo as agências Ria Novosti, TASS e Interfax, citando a agência russa de transporte aéreo, Rossaviatsia, o nome de Evgueni Prigozhin aparece na lista de passageiros do avião. Os serviços de resgate disseram anteriormente que todos os passageiros do avião estavam mortos.
"Havia dez pessoas a bordo, incluindo três tripulantes. Segundo as primeiras informações, todas as pessoas a bordo morreram", afirmou o Ministério russo de Situações de Emergência no aplicativo Telegram.
Na noite de segunda-feira (22), Prigozhin apareceu em um vídeo publicado por grupos próximos a Wagner nas redes sociais, dizendo estar na África. Em uma paisagem desértica, ele afirma que estava trabalhando para "tornar a Rússia ainda maior em todos os continentes, e a África, ainda mais livre".
Biden se pronuncia
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira (23) que "não se surpreenderia" com notícia da possível morte de Prigozhin.
Já a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, disse que a Casa Branca "viu os registros" do acidente. "Se for confirmada, ninguém deveria ficar surpreso", disse a alta funcionária.