Modelo brasileira consegue escapar por pouco de tragédia em festa de Halloween na Coreia

Evento acabou com mais de 150 pessoas mortas e outra centena de feridos

A brasileira Rebecca Câmara, de 25 anos, foi uma das pessoas presentes na festa no bairro de Itaewon, em Seul, na Coreia do Sul, que acabou com mais de 150 pessoas mortas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ela revelou que escapou da tragédia por muito pouco. 

Segundo ela, o motivo para ter saído do local foi ter ficado assustada com a superlotação da festa. A comemoração de Halloween, já tradicional na região, sempre reúne centenas de pessoas e, dessa vez, a aglomeração resultou em diversos esmagados e pisoteados.

"Eu pedi para ficarmos na calçada oposta porque estava muito lotado e a gente não ia conseguir sair, nem andar direito", contou ela. Após perceber a grande quantidade de pessoas, a modelo, que vive na Coreia, preferiu se retirar do local.

"Se a gente tivesse atravessado 20 minutos antes, como as meninas queriam, estaríamos no meio da multidão e sabe Deus o que poderia ter acontecido", continuou. Em seguida, ela e as amigas começaram a caminhar no sentido contrário ao da tragédia. 

Pessoas esmagadas

No último sábado (29), a confusão que resultou nas mortes começou sem uma origem determinada. Segundo Rebecca, diversas ambulâncias foram destinadas ao atendimento dos transeuntes, mas ainda assim os esmagamentos não foram evitados. 

Ainda conforme a modelo, as ruas da festa são muito estreitas e íngremes. "As pessoas vão sendo empurradas. Fica tipo um bloco de carnaval", completou ela.

A festa no bairro de Itaewon marcava o primeiro Halloween de rua na Coreia do Sul desde o início da pandemia de covid-19, em 2020. Segundo informações da imprensa, a maioria das vítimas do tumulto são adolescentes e adultos na casa dos 20 anos.