A companhia aérea Latam anunciou o cancelamento de voos para a Argentina nesta quarta-feira (28), devido à paralisação registrada em aeroportos do país nesta data. Organizada pelos sindicatos do setor, o movimento deve durar cerca de 24 horas e visa pressionar as empresas por reajuste salarial.
Em nota, a Latam, que atua em toda a América Latina, explicou que as operações para a nação governada por Javier Milei estão suspensas por causa da interrupção dos serviços de rampa da companhia estatal argentina Intercargo. Esta é parceira do empreendimento de origem chilena e responsável pela transferência de passageiros e suas bagagens das estações das companhias aéreas para as aeronaves e vice-versa, entre outras tarefas.
Compensações
Para reduzir o impacto do cancelamento para os clientes que possuíam passagens compradas para esta quarta-feira, a companhia área disponibiliza as seguintes soluções:
- Alterações de data/voo: todos os passageiros que desejarem alterar a data/voo sem custo (podendo ser ida e volta simultaneamente) podem fazê-lo para até 1 ano a partir do primeiro voo, respeitando a origem e o destino do itinerário.
- Reembolsos: se aplicam sem ônus e para todos os cupons de bilhetes não utilizados.
Por fim, a Latam destacou que "a empresa reitera seu compromisso com os mais altos padrões de segurança e qualidade de serviço".
Greve nos aeroportos da Argentina
Os sindicatos argentinos do setor aeronáutico — Associação do Pessoal da Aeronáutica (APA), Associação dos Pilotos de Linha Aérea (APLA) e Sindicato dos Quadros Superiores e Profissionais das Empresas Aerocomerciais (UPSA) — decidiram, na terça-feira (27), paralisar as funções durante 24 horas nesta quarta. A decisão visa pressionar as empresas do setor por um reajuste superior aos 12% já oferecido.
Com isso, as estatais Aerolíneas Argentinas e Intercargo foram forçadas a paralisar os serviços nesta data. As informações são do jornal argentino Clarín.
Segundo a apuração do periódico, ambas as empresas avançaram nas negociações com os sindicatos, mas, com o envolvimento do Ministério do Trabalho na questão, o progresso na conversa foi perdido.
“O mínimo que propusemos foi que nos dessem o mesmo que deram à UPCN, 16% em janeiro e 12% em fevereiro. Não pedimos nada além disso”, detalhou o secretário-geral da UPSA, Rubén Fernández, ao Clarín.