Israel estabelecerá um acordo de cessar-fogo no Líbano, anunciou Benjamin Netanyahu nesta terça-feira (26). O primeiro-ministro afirmou que o gabinete de segurança nacional aprovará a ação ainda "esta noite". O país trava uma guerra com o grupo islamista Hezbollah, que já deixou milhares de pessoas mortas na região.
"Esta tarde, vou apresentar ao gabinete, para a sua aprovação, um projeto de cessar-fogo no Líbano. A duração do cessar-fogo depende do que ocorra no Líbano", disse Netanyahu à imprensa, acrescentando que, "em pleno acordo com os Estados Unidos".
Segundo ele, Israel mantém "total liberdade de ação" e ameaçou que, "se o Hezbollah violar o acordo e tentar se rearmar, atacaremos".
Já o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, pediu nesta terça-feira (26) à comunidade internacional que "aja rapidamente" para "implementar imediatamente" o cessar-fogo que Israel indicou que aprovaria "durante a noite".
"Apelamos à comunidade internacional para agir rapidamente para pôr fim a esta agressão e implementar imediatamente um cessar-fogo", afirmou Mikati em um comunicado.
Ataques
Após dois meses de guerra aberta, Israel bombardeou novamente nesta terça o centro de Beirute, a capital libanesa, pouco depois de instar a população a evacuar quatro áreas da cidade, informou a agência oficial do Líbano, NNA.
Um primeiro ataque israelense no início da tarde no bairro de Nueiri deixou sete mortos e 37 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Um deputado do Hezbollah, Amin Cherri, acusou Israel de querer "se vingar dos libaneses" justo antes de uma possível trégua ao intensificar seus ataques em Beirute e em sua periferia.
A ONU, por sua vez, reiterou seu chamado a um "cessar-fogo permanente" no Líbano, Israel e na Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas, aliado do Hezbollah.