Homem morre com injeção letal horas após testemunha confessar que mentiu

Ao longo do tempo em que ficou preso, detento ainda matou um colega de cela

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(Atualizado às 16:16)

Um homem condenado por homicídio de uma balconista na cidade de Greenville, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, em 1997, morreu após receber uma dose de injeção letal na última sexta-feira (20). Contudo, horas antes da morte do detento, identificado como Freddie Owens, 46, um corréu e testemunha havia confessado que mentiu no depoimento e que o homem não estava no momento do assassinato.

Steven Golden, que também estaria envolvido no crime, disse que inventou uma versão para não ser ele o condenado à morte. Ele disse ainda que prestou depoimento sob efeito de drogas e que foi pressionado pelos policiais a contar a primeira versão. 

Contudo, horas antes da execução de Owens, o corréu e testemunha retrocedeu do depoimento. Na nova versão, no entanto, ele não apontou que teria assassinado a balconista.

Sem clemência

A defesa de Freddie Owens chegou a apresentar o novo depoimento como argumento para revogar a pena de morte, mas os recursos foram negados por um tribunal federal e pela Suprema Corte da Carolina do Sul. O governador do Estado, Henry McMaster, que poderia atender um pedido de clemência do detento, também manteve a condenação à morte.

Além do corréu e testemunha não indicar o responsável pelo assassinato na nova versão, os promotores apontaram que outros amigos e a ex-namorada de Owens relataram que ele teria comentado várias vezes que tinha sido o responsável pela morte da balconista.

Ao longo do tempo em que ficou preso, Owens ainda matou um detento logo após ser condenado pelo homicídio da mulher. Na execução do colega de cela, o detento disse que o esfaqueou, queimou os olhos, sufocou e pisoteou como forma de protesto contra sua condenação “injusta”.