O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste domingo (27) que colocará em alerta a "força de dissuasão" do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear, no quarto dia da invasão da Ucrânia por Moscou.
"Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem as forças de dissuasão do Exército russo em alerta especial de combate", disse Putin em uma reunião com os líderes militares russos.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, respondeu: "Afirmativo".
Em reação, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia disse que Kiev não vai ceder nas negociações com a Rússia, acusando Putin de tentar aumentar a "pressão".
"Não vamos nos render, não vamos capitular, não vamos desistir de um único centímetro de nosso território", declarou Dmytro Kuleba em uma coletiva de imprensa transmitida online.
As tensões internacionais já aumentaram com a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ordem de Putin pode causar ainda mais alarme.
Moscou possui o segundo maior arsenal de armas nucleares do mundo e um enorme arsenal de mísseis balísticos que formam a espinha dorsal das forças de dissuasão do país.
"Eles veem que os países ocidentais não são apenas hostis ao nosso país no campo econômico, quero dizer as sanções ilegítimas", acrescentou, em um discurso televisionado. "Oficiais seniores dos principais países da Otan também permitem declarações agressivas contra nosso país", disse ele.