O furacão Milton ganhou força nesta segunda-feira (7) e se tornou, em poucas horas, uma tempestade potencialmente catastrófica de categoria 5, a máxima da escala, avançando em direção à costa oeste da Flórida, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
Segundo grande furacão registrado no Golfo do México em duas semanas, Milton se intensificou rapidamente e agora tem "ventos máximos sustentados" de 257 km/h, com rajadas mais fortes.
Antes de chegar à Flórida, entre esta segunda e a próxima quarta-feira (9), o furacão deverá atingir partes da Península de Yucatán, no México, provocando ventos fortes e um aumento do nível da água de até 1,5 metro, com "ondas grandes e destrutivas", segundo a agência dos EUA.
Furacão Helene
Há somente dez dias, o furacão Helene deixou ao menos 230 mortos no sul dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, as autoridades da Flórida ordenaram, inclusive, novas evacuações na mesma região, que ainda se recupera do desastre. "Quem tiver meios para fazê-lo [...] deve pegar a estrada hoje", apelam as autoridades locais.
O Helene se tornou o desastre natural mais mortal a atingir o país desde o furacão Katrina, em 2005.
'Faltará eletricidade e água'
O governador da Flórida, Ron DeSantis, afirmou que o Milton continuaria sendo um furacão durante toda a sua passagem pelo estado da Flórida, que atravessará de oeste a leste. Na véspera, DeSantis chegou a ampliar para 51 (de um total de 67) o número de condados em situação de emergência no estado, o terceiro mais populoso do país.
O fenômeno pode levar chuvas de até 250 mm para a Flórida, com inundações repentinas em áreas urbanas, segundo o NHC.
A agência alertou ainda que os furacões mais poderosos, de categoria 3 e superiores, são "devastadores" até mesmo para casas solidamente construídas, e que "faltará eletricidade e água durante vários dias após a tempestade passar".
O presidente americano, Joe Biden, comunicou que seu governo prepara "recursos para salvar vidas" e pediu aos moradores que sigam as instruções das autoridades locais para se prevenir.
Já os cientistas dizem que a mudança climática provavelmente influencia a rápida intensificação dos furacões, uma vez que as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor de água, dando mais energia às tempestades e, consequentemente, intensificando seus ventos.