Dois filhos do ex-presidente do Fortaleza e empresário Luis Eduardo Girão estavam na escola Marjory Stoneman Douglas, localizada em Parkland, na Flórida, vítima de um tiroteio que deixou, pelo menos, 17 mortos e diversos feridos na tarde desta quarta-feira (14).
De acordo o empresário, ele estava a caminho da escola quando o filho de 16 anos, Luís Henrique, o informou que tiros haviam sido disparados dentro da unidade educacional e que sua irmã de 15 anos, Ana Cecília, ainda estava no interior.
“Uma tragédia. Ele conseguiu sair quando disparou o alarme. Alguns saíram e outros tiveram que ficar nas salas, foi o caso da minha filha”, explicou Girão ao Diário do Nordeste.
Leia Mais:
“Ela contou que, quando o alarme disparou, o professor foi fechar a porta e, na hora que foi trancar,ele foi alvejado e ficou no chão. As crianças ficaram na sala, mas, milagrosamente, o atirador não entrou”, disse.
Os alunos foram liberados cerca de uma hora e meia após os disparos. Girão disse ainda que os adolescentes, incluindo sua filha, saíram escoltados pela polícia local.
Como presenciou uma das mortes, Ana Cecília prestou depoimento à polícia em um estande improvisado montado em um hotel próximo à escola.
Futuro
Luís Eduardo Girão disse que está tudo ainda muito recente para decidir o futuro dos adolescentes. Ele não sabe se os filhos continuarão na Marjory Stoneman Douglas, porém, aproveitou para criticar o fácil acesso a armas nos Estados Unidos.
“Nos Estados Unidos, a pessoa compra arma como se fosse um tênis. É mais um massacre. As famílias estão muito preocupadas. Foi um milagre , um livramento e a gente só tem que agradecer e ao mesmo tempo a gente fica assustado”, finalizou.
Crime
Em uma coletiva de imprensa improvisada, o chefe de polícia do condado, Scott Israel, identificou o principal suspeito do massacre como Nicolás Cruz, um jovem de 19 anos, que foi aluno desta escola, mas foi expulso por problemas disciplinares.
De acordo com o chefe de Polícia, o suspeito tinha muitos carregadores de munição para armas semiautomáticas. "Pensamos que tinha um fuzil AR-15. Não sei se possuía um segundo fuzil".
Imagens da TV, captadas de um helicóptero mostraram um homem jovem sendo conduzido algemado por agentes para dentro de uma delegacia policial.