EUA anunciam compra de 500 milhões de vacinas da Pfizer para doação a outros países

Presidente Joe Biden deve fazer o anúncio formal na reunião do G-7 no Reino Unido

Os Estados Unidos vão comprar 500 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 para doar a outros países. A expectativa é de que o presidente Joe Biden faça o anúncio formal ainda nesta quinta-feira (10), em um discurso antes do início da reunião do G-7 no Reino Unido.

Covax Facility

As doses devem ser compartilhadas por meio da aliança global Covax Facility para doação a 92 países de baixa renda e à União Africana no próximo ano. 

Segundo jornais americanos, 200 milhões de doses - o suficiente para proteger totalmente 100 milhões de pessoas - serão compartilhados este ano. O restante será doado no primeiro semestre de 2022. O acordo prevê que os Estados Unidos paguem o preço das doses à Pfizer "sem fins lucrativos".

No último dia 3, Biden anunciou que o Brasil e ao menos outros 12 países da América Latina receberão doação de 6 milhões de vacinas contra a Covid-19 através do consórcio Covax Facility. 

Escassez de vacinas X EUA com ampla imunização

O anúncio chega em um momento em que os Estados Unido enfrentam pressão de fazer mais diante da escassez mundial de vacinas, depois que os países ricos compraram a maior parte dos primeiros insumos.

Os EUA vacinaram mais da metade da população. A taxa de infecção de Covid-19 despencou no País.

Biden deu pista sobre o anúncio ao embarcar no Air Force One com destino ao Reino Unido para se reunir com os líderes do G-7 - que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Quando questionado se tinha uma estratégia de vacinação para o mundo, respondeu: "Tenho uma e vou anunciar".

O jornal The New York Times afirmou que Biden aparecerá com o diretor-executivo da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla, para fazer o anúncio.

A estratégia de compartilhamento de vacina contra o coronavírus do governo Biden foi criticada por congressistas democratas e alguns integrantes da área da saúde como "tímida". Isso gerou enxurrada de esforços da Casa Branca para responder às críticas, com novos anúncios para reforçar o plano esperado antes da ida do presidente para a cúpula do G-7.

"Os EUA estão trabalhando com nossos parceiros do G-7 em um esforço maior para ajudar a acabar com a pandemia, para que as democracias do mundo ajudem as pessoas em todos os lugares. E teremos mais a dizer sobre isso na reunião do G-7", disse Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional de Biden.