Duas reféns do grupo palestino Hamas foram liberadas nesta segunda-feira (23), segundo anunciou as Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo. Elas foram identificadas como Nurit Yitzhak e Yochved Lifshitz, tendo respectivamente 79 e 85 anos. Israel ainda não confirmou a informação.
A liberação teria ocorrido por razões humanitárias. Com isso, o número de reféns libertas subiu para quatro, sendo Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan as primeiras.
O jornal israelense Haaretz detalhou que Nurit e Yochved viviam em um kibutz israelense Nir Oz, localizado perto da fronteira com a Faixa de Gaza. Elas foram capturadas juntamente com outros reféns após ataque surpresa a Israel, realizado no último dia 7 de outubro. Em contagem realizada pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), os desaparecidos e reféns chegam a 222 pessoas.
Em publicação no X, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou a liberação das duas idosas, detalhando que atuou como intermediário e realizou o transporte para fora de Gaza. “Nosso papel como intermediário neutro torna esse trabalho possível e estamos prontos para facilitar qualquer futura libertação”, escreveu a organização.
Outras reféns
Além delas duas, o Hamas ainda libertou Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan na última sexta-feira (20). Mãe e filha, as duas tinham cidadania estadunidense e tinham ido a Israel para visitar um parente.
Elas foram devolvidas para o território israelense pelo CICV. Conforme Mirjana Spoljaric, a presidente da organização humanitária, a ação era “um fio de esperança”.
No sábado (21), o jornal Al Jazeera publicou que o Hamas teria tentado soltar outros dois reféns na última sexta-feira 920), mas Israel teria recusado receber. O governo israelense negou a acusação, dizendo que se tratava de uma "propaganda".