Wade Wilson, conhecido como "Florida Killer", foi sentenciado à pena de morte por ter matado duas mulheres no estado norte-americano da Flórida, em 2019. A decisão foi dada em julgamento nesta terça-feira (27) na cidade de Fort Myers. Agora, ele será enviado ao corredor da morte. Durante o resultado, ele permaneceu sem expressão, e apenas realizou consultas rápidas com a defesa.
O assassino confesso já havia sido considerado culpado pelos homicídios, e estava aguardando o sentenciamento. Ele poderia ter sido condenado à prisão perpétua, mas os juízes decidiram pela pena mais grave da Flórida.
Durante a sessão judicial, a defesa de Wade leu uma carta dos pais adotivos dele, Candy e Steve Wilson, conforme a emissora Fox. "Procure em seus corações a decisão de não matar nosso filho", pediram. Eles disseram no texto que estão profundamente abalados pelas famílias que perderam as vítimas.
Os familiares ainda contaram que durante a infância, Wade foi uma criança e feliz, mas que começou a se perder na adolescência: "O sistema falhou com ele". "Apesar de tudo, Wade ainda é nosso filho e nós o amamos", finalizaram.
Um médico foi ouvido durante o julgamento e disse que não viu sinais de que o cérebro de Wilson tem problemas que possam ter influenciado ele a cometer os crimes.
Quem é o 'Florida Killer' ?
Popularmente chamado de "Florida Killer", Wade matou Kristine Melton, 35, e Diane Ruiz, 43, com poucas horas de diferença. Ele conheceu Melton em um bar de música ao vivo, em 6 de outubro de 2019, antes de estrangulá-la até a morte na casa dela em Cape Coral.
No dia seguinte, Ruiz foi dada como desaparecida. Ela estava caminhando para o bar onde trabalhava quando Wilson se aproximou dela, em um carro que ele havia roubado da casa de Melton, e pediu informações.
Ruiz entrou no carro, Wilson a estrangulou e "a atropelou até que ela parecesse espaguete", ouviu o tribunal do procurador assistente do Estado, Andreas Gardine. E, um detalhe, é que as mulheres não se conheciam.
Cartas na prisão
Um juiz da Flórida recebeu cerca de 4 mil mensagens, entre cartas e e-mails, com pedidos de mulheres para poupar a vida de Wade Wilson.
Conforme matéria do jornal britânico Independent, as cartas enviada ao juiz justificavam as ações do criminoso ao histórico de problemas de saúde mental, abuso de substâncias e suposta falta de apoio dos pais.
"Com relação ao caso Wade Wilson, parece claramente documentado que o Sr. Wilson sofre de problemas de saúde mental que parecem ser severamente agravados pelo uso de drogas", escreveu Lindsay Brann, mãe de dois meninos no Canadá, em uma carta apresentada no Tribunal do Condado de Lee.