Wilson, o cachorro que sumiu na floresta após participar das buscas pelas crianças que passaram 40 dias perdidas na Amazônia colombiana, foi visto duas vezes pela equipe que o procura. No entanto, segundo o G1, com informações do capitão do Exército da Colômbia, Ender Montiel, o animal não responde aos comandos e não se aproxima dos militares.
"Em duas ocasiões, Wilson chegou a ficar a 15 metros das tropas, mas não se aproxima, está arisco", disse Montiel, que também participou das buscas pelos irmãos. O militar não sabe informar por qual motivo o animal tem reagido assim.
Wilson é um pastor belga que integra as Forças Armadas colombianas. Ele chegou a ficar por um tempo com as quatro crianças perdidas, mas, depois, se perdeu delas e das equipes de busca. Por isso, uma nova operação foi montada para encontrar o animal e há até um abaixo-assinado com mais de 40 mil assinaturas, direcionado ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para que o cão não seja abandonado.
Táticas para atrair o cachorro
Montiel afirmou ao G1 que a tática que os militares irão utilizar para tentar convencer Wilson a não fugir da equipe será integrar uma cadela conhecida de Wilson às buscas. Além disso, os indígenas e militares têm espalhado pedaços de carne pela região para garantir que o animal se alimente.
Wilson está desaparecido desde 18 de maio, antes de as crianças serem encontradas. O cachorro chegou a passar um período com os quatro irmãos, mas, depois, desapareceu. A irmã mais velha, Lesly, de 13 anos, chegou a desenhar o cão em papéis no hospital onde está internada, em Bogotá.
"Para nós, o Wilson é um integrante como outro qualquer do grupo. Não deixaremos de buscar, e nós sabemos que ele está vivo", garantiu Montiel.