Uma aeronave Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines perdeu parte de sua fuselagem enquanto voava na sexta-feira (5). O piloto precisou voar durante 15 minutos sem parte da estrutura, até que um pouso de emergência fosse realizado no Aeroporto Internacional de Portland, nos Estados Unidos.
Segundo a companhia, após o acontecido, toda a frota de aviões Boeing 737 Max 9 foi suspensa até que todas as inspeções sejam feitas. Conforme a Alaska Airlines, o voo 1282 transportava 171 passageiros e seis membros da tripulação, e seguia de Portland para Ontario, na Califórnia.
Boeing 737 MAX 9 musiał awaryjnie lądować z powodu dekompresji.
— 𝐯𝐢𝐭𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐬𝐢𝐭 𝐮𝐭 𝐮𝐦𝐛𝐫𝐚 𓄂 (@azazelowa) January 6, 2024
Na skutek nagłej zmiany ciśnienia doszło do rozerwania fragmentu bocznej ściany kadłuba.
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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a visão dos passageiros enquanto a aeronave retorna ao aeroporto, enquanto é possível visualizar o céu noturno e perceber fortes ventos passando pelo espaço aberto.
Em entrevista concedida ao jornal estadunidense The New York Times, uma passageira relatou ter acordado com um som alto durante o voo, e visto em seguida o grande buraco na fuselagem do avião.
“Abri os olhos e a primeira coisa que vi foi a máscara de oxigênio bem na minha frente”, disse Vi Nguyen, de 22 anos. “Olhei para a esquerda e vi que a parede do lado do avião desapareceu. A primeira coisa que pensei foi: ‘vou morrer’”, contou a jovem.
Durante o acontecido, a tripulação realizou alguns anúncios através do sistema de alto-falantes, contudo nenhum deles foi audível, devido ao vento que passava pelo avião.
FERIMENTOS LEVES
A Administração Federal de Aviação informou que a tripulação a bordo relatou um “problema de pressurização” momentos antes do pouso de emergência.
A Associação dos Comissários de Bordo da Alaska Airlines disse que a descompressão foi “explosiva”, e que um comissário de bordo sofreu ferimentos leves.
Além dele, após o pouso de emergência, alguns paramédicos entraram na aeronave para perguntar se havia mais pessoas feridas. Com isso, um homem, que estava sentado na fileira atrás do buraco na aeronave, informou que estava com o pé machucado.
INVESTIGAÇÃO
Para descobrir qual teria sido a causa do acidente, a Alaska Airlines contratou a empresa de consultoria de aviação Aviation Projects, que fica localizada em Brisbane, na Austrália. O diretor administrativo da Aviation, Keith Tonkin, disse que uma diferença excessiva na pressão do ar dentro e fora da cabine poderia ter causado a quebra da parede. Sendo assim, os passageiros provavelmente puderam respirar normalmente, afirmou.
Segundo o registro da Administração Federal de Aviação (FAA), o avião Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines era novo, tendo sido certificado no último mês de novembro. De acordo com o site de rastreamento de voos Flightradar24, a aeronave entrou em serviço comercial ainda em novembro e desde então realizou 145 voos.
A Boeing - fabricante de aeronaves - disse em comunicado que estava “ciente do incidente envolvendo o Voo 1282 da Alaska Airlines”, acrescentando: “Estamos trabalhando para obter mais informações e estamos em contato com nossa companhia aérea cliente”.