Ações da Boeing disparam mais de 14% após primeiro voo do 737 MAX em testes para voltar aos céus

Há meses, fabricante de aeronaves trabalha para que sua aeronave retorne às operações

As ações da Boeing fecharam, hoje, em alta de 14,36% na Bolsa de Nova York. O motivo foi a notícia de que o primeiro voo de recertificação do Boeing 737 MAX decolou de Seattle ontem, em um primeiro passo para que essa aeronave possa voltar a ser usada há mais de um ano após dois acidentes.

Esse modelo de aeronave está fora de uso desde 13 de março de 2019, após o acidente da Ethiopian Airlines no qual 157 pessoas morreram. A queda ocorreu após alguns meses do Lion Air MAX cair em Mar de Java, causando 189 mortes, em outubro de 2018.

A decisão de deixar o 737 MAX no chão afetou o Ceará: os voos entre Fortaleza e Miami (EUA), operados pela Gol, foram obrigados a fazer parada técnica em Punta Cana (República Dominicana), desde que a companhia aérea deixou de usar esse tipo de Boeing, aumentando em pelo menos uma hora a duração da viagem. Com a possível volta do 737 MAX a fazer os voos entre o Ceará e os EUA, o tempo do trajeto seria encurtado, pois os voos voltariam a ser diretos.

As semelhanças preocupantes entre os dois acidentes, que ocorreram logo após a decolagem e o informe de que os pilotos não conseguiriam manobrar o avião, levaram as autoridades aeronáuticas de todo o mundo a suspender o uso desse modelo. Há meses, a Boeing trabalha para que sua aeronave, usada para percursos de média distância,  volte a voar.