Buscas por desaparecidos após queda de ponte são paralisadas por suspeita de contaminação no Rio Tocantins

Queda da ponte Juscelino Kubitschek, na divisa entre o Tocantins e o Maranhão, ocorreu no domingo (22)

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A busca pelos 16 desaparecidos na queda da ponte Juscelino Kubitschek na divisa entre o Tocantins e o Maranhão já se iniciou no domingo (22), logo após o ocorrido, mas tiveram que ser suspensas por conta da constatação de que as carretas que caíram da ponte estavam carregando produtos tóxicos. Agora, a suspeita é de que a água do Rio Tocantins esteja contaminada. 

As buscas foram retomadas por barco ainda na segunda (23), mas foram novamente paralisadas pelo risco de contaminação. Com o problema, mergulhadores da Marinha devem participar da ação a partir desta terça (24), enquanto o Ministério Público Federal irá apurar quais os danos ambientais no rio.

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, um decreto emergencial vai destinar ao menos R$ 100 milhões para reconstruir a ponte. A obra, segundo ele, também deverá atuar na retirada dos escombros e na avaliação dos danos causados pela queda.

Queda registrada

O momento da queda da ponte foi, inclusive, registrado em vídeo por um morador da região e por um vereador da cidade de Aguiarnópolis que gravava um vídeo para alertar sobre os riscos. 

No momento do desastre, ao menos oito veículos passavam pela ponte. Ao todo, 16 pessoas seguem desaparecidas e o corpo de uma mulher de 25 anos foi encontrado no domingo (22).

A ponte tinha 533 metros de extensão e é responsável por ligar as cidades de Aguiarnópolis e Estreito. Obra de 1961, ela é considerada uma via importante entre o Tocantins e o Maranhão.

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) explica que enviou equipe para analisar a situação e abriu sindicância para apurar responsabilidades.