Saúde de astronautas 'presos' no espaço preocupa após foto que Nasa divulgou na web

Sunita Williams e Barry Wilmore estão na Estação Espacial Internacional (ISS) há 153 dias

Uma foto divulgada pela Nasa levantou preocupações sobre a saúde dos astronautas Sunita Williams e Barry Wilmore. Os agentes estão "presos" há 153 dias na Estação Espacial Internacional (ISS).

A dupla atracou em 6 de junho em uma missão que deveria durar oito dias, mas falhas técnicas em uma nave espacial impediram o retorno. Desde então, os dois têm convivido a bordo da estação e compartilhados momentos. 

No registro, divulgado pela Agência Aeroespacial dos Estados Unidos, em 24 de setembro, a dupla aparece comendo uma pizza em uma mesa repleta de condimentos e outras guloseimas. 

Embora os astronautas tenham demonstrado reações positivas em manifestações públicas e entrevistas, a foto recente mostra um cenário diferente. Segundo analisou o médico Dr. Vinay Gupta, em entrevista ao Daily Mail. Para o pneumologista, há sinais de emagrecimento dos dois causado por déficit calórico significativo.

“O que você está vendo nessa foto é alguém que eu acho que está passando pelo estresse natural de viver em uma altitude muito alta, mesmo em uma cabine pressurizada, por longos períodos. (...) Suas bochechas parecem um pouco afundadas - e isso geralmente acontece quando você perde muito peso corporal ", avaliou o Dr. Gupta para o jornal britânico. 

Outro fator de atenção é a atrofia muscular e a consequente degradação do corpo, uma preocupação especial para o sexo feminino. Em 2014, um estudo da NASA descobriu que as mulheres têm maior perda de volume de plasma sanguíneo do que os homens em voos espaciais. Além disso, a resposta ao estresse das astronautas inclui um aumento da frequência cardíaca, enquanto os agentes respondem com um aumento na resistência vascular.

“O metabolismo [no espaço] requer fundamentalmente que você queime muito mais energia do que está consumindo, mesmo que esteja consumindo fatias de calabresa. (...) O corpo dela provavelmente está trabalhando mais para fazer coisas básicas, porque a pressão parcial de oxigênio é menor do que seria no nível do mar”, acrescentou o médico.