Reforço da Pfizer mantém eficácia de 90% por pelo menos 6 meses em casos graves, indica estudo

Duas doses do imunizante apresentam alta eficácia, principalmente, para a prevenção de infecções que levem à hospitalização

Duas doses da vacina Pfizer/BioNTech são eficazes na prevenção da hospitalização por todas as variantes do coronavírus por pelo menos seis meses, destaca um estudo publicado nesta terça-feira (5) na revista "The Lancet".

De acordo com os resultados da pesquisa, o imunizante mantém sua eficácia de 90% contra os riscos de internamento por Covid-19 por ao menos seis meses, ou seja, para casos mais graves da doença.

Já sobre os riscos de infecção, os dados determinam que a eficácia da vacina diminui ao longo do tempo, de 88% para 44%, entre o mês seguinte à segunda dose a até seis meses depois da D2 do imunizante.

O estudo foi realizado pela Pfizer e pela organização americana Kaiser Permanente e analisou dados médicos de 3,4 milhões de pessoas no sul do estado da Califórnia entre 4 de dezembro e 8 de agosto.

Os dados confirmam os resultados de estimativas anteriores do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública dos Estados Unidos, e do Ministério da Saúde de Israel, informou a The Lancet.

"Nosso estudo confirma que as vacinas são uma ferramenta central para controlar a epidemia, e são extremamente eficazes na prevenção de formas graves e hospitalizações, inclusive contra a delta e outras variantes preocupantes", resumiu Sara Tartof, principal autora do estudo.

Luis Jodar, vice-presidente e diretor médico da Pfizer, acrescentou que "uma análise específica das variantes mostra claramente que a vacina é eficaz contra todos os tipos".