Sintomas de Covid-19 desaparecem em um ano em casos leves, segundo estudo
Foram analisados mais de 70 sintomas associados à infecção de longo prazo, excetuando os casos graves, e verificou-se que a maioria desapareceu em até 12 meses
A maioria dos sintomas de Covid-19 de longo prazo desaparece em um ano em pessoas com infecções leves, de acordo com um estudo israelense divulgado nessa quinta-feira (12).
Pelo menos 17 milhões de pessoas na Europa apresentaram sintomas prolongados de Covid-19 após se recuperarem da infecção inicial em 2020 e 2021, de acordo com modelos da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, dúvidas surgiram sobre essa condição, incluindo quanto tempo dura.
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Pesquisadores em Israel analisaram os históricos médicos de quase dois milhões de pessoas de todas as idades que tiveram Covid-19 no país entre março de 2020 e outubro de 2021. Os resultados, portanto, incluíram as variantes iniciais do coronavírus, como a delta, e não as variantes mais recentes da Ômicron.
Os cientistas procuraram mais de 70 sintomas diferentes associados à Covid de longo prazo e excluíram os casos mais graves, que segundo as pesquisas iniciais apresentam maior risco de se estenderem por um longo período.
Em casos leves, o estudo encontrou um risco significativamente aumentado de várias condições, incluindo perda de olfato e paladar, problemas respiratórios, fraqueza, palpitações, infecções na garganta, tonturas e dificuldades de concentração e perda de memória. No entanto, a maioria dos sintomas desapareceu em 12 meses.
"Há um pequeno grupo de pessoas que ainda sofre de falta de ar ou fraqueza um ano após a Covid", disse Maytal Bivas-Benita, pesquisadora do Instituto KI de Israel e coautora do estudo.
Vacinados têm menor risco
O estudo publicado na revista BMJ também constatou que os pacientes vacinados têm menor risco de problemas respiratórios – o sintoma mais comum – em comparação aos não vacinados.
As crianças tiveram menos problemas do que os adultos e geralmente se recuperaram em menos de um ano.
Bivas-Benita disse à AFP que os resultados são positivos, depois de temer que os sintomas pudessem prolongar-se com o tempo. "A grande maioria dos pacientes ficará bem depois de um ano", garantiu.