Conselheiros da Food and Drugs Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, afirmaram, na terça-feira (12), que a fenilefrina oral — composto encontrado em remédios para congestão nasal — é ineficaz.
Por causa disso, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa) informou que acompanha atentamente a revisão. O órgão representa gigantes farmacêuticas como a P&G Health, a Aché, a Hypera Pharma e outras.
"Como ainda não há uma decisão sobre o tema, à medida que mais informações forem disponibilizadas pela FDA e outras agências reguladoras, estaremos preparados para avaliar de forma proativa e apropriada, fornecendo orientações claras e precisas aos consumidores", disse, em nota, o órgão.
Nos EUA, dependendo do posicionamento da FDA, farmacêuticas poderão ser obrigadas a retirar os medicamentos orais com fenilefrina das prateleiras. Contudo, no Brasil, por ora, nada muda, uma vez que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não se manifestou sobre o assunto.
'Segurança comprovada'
Na nota enviada ao g1, a Acessa reforçou a segurança dos medicamentos sem prescrição contendo fenilefrina no Brasil. "[Esses remédios], amplamente utilizados para o alívio de sintomas da gripe e resfriado comuns, como febre, dor, coriza e congestão nasal, tiveram sua segurança comprovada pela Anvisa e continuam disponíveis no mercado brasileiro", garantiu a entidade.
No entanto, a FDA não disse que a fenilefrina era insegura, apenas que era ineficaz, ou seja, que não cumpria o que prometia na forma oral.
Remédios no Brasil com fenilefrina
No Brasil, a substância está presente em medicamentos como Benegrip Multi, Neolefrin, Coristina D, Multigrip, ResfeGripe, Vick Pyrena Grip 7, entre outros.