Chá de malva: pra que serve e quais os benefícios

Consumo da infusão oferece diversos efeitos positivos para a saúde, mas exige cuidados

A malva é um gênero de plantas herbáceas de uso versátil, que variam desde matéria-prima para produção de fibras na indústria têxtil a aplicação medicinal. Este é caso da espécie Malva sylvestris, amplamente estudada pelas propriedades benéficas à saúde.  

Pertencente à família Malvaceae, ela pode ser consumida de diversas formas, mas a mais comum é a versão em infusão. Abaixo, confira os efeitos positivos e os cuidados ao consumir o chá de malva

Para que serve o chá de malva?   

Feito da infusão das folhas ou das flores da espécie Malva sylvestris, o chá é popularmente utilizado para auxiliar na cicatrizante e no alívio de irritações dermatológicas, de aftas, da dor de garganta e do processo inflamatório nas vias respiratórias, conforme a nutricionista Jamile Tahim*.

A literatura também relacionada a bebida a efeitos benéficos no tratamento de retenção de líquidos e problemas gastrointestinais, como refluxo e úlceras.

Apesar dos diversos efeitos positivos, são necessários alguns cuidados para consumir o preparo, que, em alguns casos, pode ser tóxico. A especialista alerta que a dose diária deve ser de no máximo três xícaras, e que ele é indicado somente para adultos que não tenham contraindicação ou reação alérgica a algum dos componentes da planta. 

Quais os principais benefícios do chá de malva?   

Conforme Jamile Tahim, estudos sugerem que a bebida possui atividades antioxidante, antimicrobiana, protetora da função renal e cicatrizante. O Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/CCS, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ainda afirma que a planta pode ser usada no tratamento de bronquite crônica, tosse, asma, enfisema pulmonar e coqueluche, bem como nos casos de colite e constipação intestinal. 

Também segundo a instituição, em forma de banho localizado, o herbáceo pode ser empregado contra afecções da pele, contusões, furúnculos, abscessos e picadas de insetos e, na forma de bochechos e gargarejos, contra inflamações e afecções da boca e garganta. 

O Ministério da Saúde detalha que as propriedades antimicrobianas da malva têm o poder de combater a ação de microrganismos, como fungos e bactérias.  

E por ser rico em antioxidante, o chá auxilia na neutralização dos radicais livres, previne o envelhecimento precoce e ajuda no processo de eliminação das toxinas presentes no organismo. 

Principais dúvidas

Como preparar o chá de malva?

A especialista indica que o chá seja preparado através da infusão das flores ou das folhas secas da planta. O primeiro passo consiste em separar uma colher de sopa de malva (equivalente a 3g) e uma xícara de chá (150 ml) de água pré-fervente. Em seguida, misture os dois ingredientes em um recipiente e tampe. Aguarde 10 minutos e então consuma a bebida.

Quem pode tomar?

Adultos que não tenham contraindicação ou reação alérgica a algum dos componentes da planta. No entanto, como alerta a nutricionista, o chá de malva não deve ser consumido por crianças, pacientes hipertensos (pressão alta) e mulheres grávidas e lactantes (que estão amamentando). Ele também não deve ser ingerido próximo ao horário da administração de medicações. O ideal é que a bebida seja consumida sob orientação profissional.

Tem efeitos colaterais?

Sim. Segundo Tahim, devido à toxidade do chá, o ideal é que sejam consumidas até três xícaras dele por dia. Entre os efeitos adversos, a profissional lista aumento da pressão arterial, agitação, ansiedade e insônia.

Quais são os tipos?

A Malva é um gênero de plantas herbáceas que possui diversos tipos. No entanto, segundo os principais estudos científicos, os efeitos medicinais benéficos à saúde são relacionados à espécie Malva sylvestris, nativa da Europa, do Norte da África e da Ásia.

*Jamile Tahim é nutricionista, graduada em Nutrição pela Universidade de Fortaleza (Unifor), mestre em Nutrição em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), doutoranda em Saúde Coletiva (Uece) e especialista em Nutrição Clínica e Fitoterapia Aplicada, além de especialista em Nutrição em Nefrologia. Ela ainda atua como professora universitária.