O Residencial José Euclides, no bairro Jangurussu, em Fortaleza, enfrenta uma onda de violência. O sábado (16) e domingo (17) foi marcado por uma série de assaltos e veículos incendiados no local. Na última sexta-feira (15), uma mulher foi morta dentro do apartamento na região. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou, em nota, que o caso de dano as duas motos incendiadas é investigado pela Polícia Civil.
Conforme apurado pelo Diário do Nordeste, os crimes seriam motivados por uma disputa entre facções criminosas rivais do local. Os assaltos e arrastões foram registrados por volta de 20h30, na madrugada de domingo (17). Duas motos foram incendiadas na quadra do residencial, no sábado (16). O conflito, segundo o morador, seria um ataque de uma nova facção criminosa cearense contra uma facção local.
Segundo um morador do local, que não será identificado, outro assassinato ocorreu no local. "Vários assaltos e um arrastão ocorreram na Rua C", relatou. Ele ainda descreveu que houve outro homicídio registrado na quinta-feira (15). A reportagem buscou novamente a Secretaria da Segurança sobre o assunto e aguarda resposta.
Policiamento '24h por dia'
O policialmente na região segue sendo realizado "24h por dia, por meio do efetivo do 16º Batalhão Policial Militar, que emprega viaturas do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e da Força Tática (FT), além de motopatrulhas", conforme informou a SSPDS.
"Na verdade aqui tem muito policiamento. Não é falta de polícia. Acontece que a área é muito vulnerável. Acreditamos que a única forma de melhorar é colocar um sistema de monitoramento por câmeras, iluminar e cercar os bosques", revelou o morador.
A Pasta também orienta que os proprietários dos veículos lesados com os incêndios busque uma unidade da Polícia Civil para a realização de um boletim de ocorrência.
Escalada da violência
Uma mulher de 36 anos foi assassinada a tiros dentro do próprio apartamento, no Residencial José Euclides. O caso aconteceu na noite dessa sexta-feira (15). A reportagem apurou que a vítima atuava fazendo empréstimos na região. No entanto, não se sabe ainda se os crimes estão relacionados.
O apartamento da vítima fica ao lado da base fixa do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) da Polícia Militar. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Na última quinta-feira (14), moradores foram surpreendidos com o incêndio de um carro e dezenas de tiros efetuados por integrantes de uma facção, que atentaram contra rivais que dominam o tráfico de drogas no conjunto habitacional.
Conflito entre facções
O Residencial tem vivido momentos de terror devido ao conflito entre organizações criminosas. O Diário do Nordeste apurou que a principal suspeita da Polícia, do primeiro incêndio a veículo, é de que a ação criminosa tenha sido promovida por uma facção carioca, já que o residencial é dominado por integrantes de uma facção com origem no Ceará. Os confrontos entre os dois grupos na região são frequentes.
Na nota enviada sobre o homicídio desta sexta, a SSPDS afirmou que a Polícia Militar patrulha o Jangurussu "24 horas por dia", por meio do efetivo do 16º Batalhão Policial Militar, que conta com viaturas do Policiamento Ostensivo Geral (POG) e da Força Tática (FT), além de motopatrulhas.
Além disso, a autoridade de segurança ressaltou que a área conta com o reforço do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) e do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque).