O trio suspeito de participar do latrocínio de um comerciante, no bairro Mondubim, teve prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. Caio Silva de Souza, Eduardo Eric Cavalcante e Lucas Rosa Gonçalves de Sousa passaram por audiência de custódia nessa terça-feira (4) e, por decisão do juiz, devem permanecer detidos.
As defesas haviam pedido concessão da liberdade provisória a partir da aplicação de medidas cautelares. No entanto, o magistrado considerou que a investigação aponta, até o momento, envolvimento do trio no crime de maior potencial ofensivo.
A vítima identificada como José Reginaldo Campos Pinheiro tinha 63 anos e morreu enquanto trabalhava. O crime aconteceu na última segunda-feira (3), em uma padaria de propriedade do comerciante, em Fortaleza. Uma testemunha afirmou ter visto Lucas Rosa no estabelecimento, em dezembro de 2021, durante outro assalto. Segundo a Polícia Civil, foi Lucas quem atirou no comerciante.
“Pra onde você pensa que vai? Quer levar um papoco?”, disse um dos assaltantes no roubo no fim do ano, conforme relato de uma testemunha.
O inquérito indica que a arma utilizada no crime foi emprestada por Eduardo. Já a motocicleta utilizada durante a fuga do atirador foi emprestada por Caio, como forma de pagamento por uma dívida de drogas no valor de R$ 500.
O trio teria combinado entre si dividir o apurado do crime
“O flagranteado Lucas, ao ser ouvido na Polícia confessa que já foi preso pela prática de roubo, porte ilegal de arma, associação criminosa, entre outros crimes, e que é simpatizante da facção criminosa. Constato, pois, que Lucas persiste no cometimento de empreitadas delituosas, o que demonstra a afeição dele para a prática de crimes”.
O MOMENTO DO DISPARO
As câmeras do estabelecimento comercial registraram o crime. Primeiro, Reginaldo ergue os braços em sinal de quem não irá reagir. Em seguida, o comerciante se agacha e faz um movimento como se fosse pegar algum objeto. É neste momento que o assaltante efetua um único disparo que atinge a vítima.
Veja abaixo as imagens:
Consta em documentos obtidos pela reportagem que Reginaldo teria pedido que o criminoso não levasse seu celular. O assaltante ficou nervoso durante a ação, derrubou o computador do balcão e quando já ia sair do estabelecimento, voltou, apontou a arma e efetuou um disparo.
A vítima chegou a ser levada a uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos. Os presos seguem à disposição da Justiça.