Diário do Nordeste

SAP solicita que líder do CV continue em presídio federal de segurança máxima

Prazo de permanência de 'Gleissim' em presídio do Mato Grosso do Sul se esgota na próxima quarta-feira (17)

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br

O prazo de permanência de José Glauberto Teixeira do Nascimento, o 'Gleissim', 'Amarelo' ou 'Empresário', em presídio federal de segurança máxima se esgota na próxima quarta-feira (17). Para impedir o retorno do detento ao Ceará, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e a Justiça cearense solicitaram a manutenção do preso em outro Estado.

'Gleissim' é tido pela polícia cearense como um dos principais líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Nordeste e é suspeito de assaltos, sequestros e tráfico de drogas, além de comandar rebeliões. Ele está recluso na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Após solicitação da SAP, a Corregedoria dos Presídios da Justiça cearense ingressou com uma petição administrativa, encaminhada ao juiz federal corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande, no último dia 3 de abril, para que o magistrado "aguarde a conclusão do contraditório e a formação de novo juízo de valor sobre a necessidade de permanência do apenado em unidade prisional federal".

Os advogados de defesa de 'Gleissim' não atenderam às ligações da reportagem.

De acadêmico de Direito a fugitivo

José Glauberto Teixeira do Nascimento teve uma grande virada na vida. Conforme informações da polícia cearense, ele chegou a ser acadêmico de Direito, mas decidiu entrar no "mundo do crime" em 2008, depois que seu cunhado foi assassinado em Quixeramobim. Para vingar a morte, ele teria patrocinado e participado de uma chacina.

De lá para cá, 'Gleissim' acumulou passagens pela polícia cearense por roubo, homicídio, sequestro, tráfico de drogas, uso de documento falso e associação criminosa e se notabilizou como um dos líderes do CV no Ceará e no Nordeste. Quando esteve no sistema penitenciário cearense, ele participou de fugas e rebeliões, o que motivou as autoridades a pedirem a sua transferência para presídio federal de segurança máxima.