Para combater crimes ambientais que envolvem pesca e comercialização ilícitas de lagostas no Ceará, a Polícia Federal cumpriu — na manhã desta quarta-feira (1º) — 60 mandados de busca e apreensão no Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia.
A 15ª Vara da Justiça Federal expediu documento direcionado a endereços em Fortaleza (CE), Eusébio (CE), Aracati (CE), Fortim (CE), Icapuí (CE), Porto do Mangue (RN) e Alcobaça (BA).
A operação é deflagrada com participação de 230 policiais federais e se desenvolve em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
Fiscalização encontrou mais de 200 toneladas de lagosta de pesca ilegal
A fiscalização em conjunto identificou mais de 249 toneladas de lagosta com indícios de serem provenientes de pesca ilegal no Ceará.
A investigação da PF apontou indícios de esquema criminoso de pesca ilegal de lagosta em praias dos municípios de Aracati, Fortim e Icapuí, no Ceará, envolvendo pescadores, atravessadores e empresas, com indícios de falsidades documentais para que o produto da pesca ilegal fosse formalmente inserido no mercado nacional e internacional.
Crimes
As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de pesca ilegal; obstrução a ação fiscalizadora ambiental; falsidade ideológica; receptação qualificada; associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome da operação remete ao grupo biológico das lagostas. Conforme a PF, as penas podem somar até 34 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados no material apreendido.
As investigações irão continuar com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos.